segunda-feira, 17 de junho de 2013

TURQUIA DÁ EXEMPLO EM LOGÍSTICA

A leitura que a maioria das pessoas faz hoje da Turquia é a de um país que atrai turistas do mundo inteiro por suas belezas naturais, a cultura de um povo milenar, a variedade gastronômica, dança e música e do seu imenso sítio arqueológico. A Turquia tem muito mais a oferecer a quem deseja trabalhar, porque os investidores internacionais estão descobrindo àquele país rodeado de mares - Mediterrâneo, Egeu, Mármara e o Negro. A área da Turquia é de 783.562,38 km² e está dividida em sete regiões geográficas: Mármara, Egeu, Mediterrâneo, Sudeste da Anatólia, Anatólia Oriental, Anatólia Central e o Mar Negro.
A população total da Turquia é de 75 milhões, e mais da metade dessas pessoas tem menos de 29,7 anos de idade.  O país possui uma força de trabalho de mais de 27 milhões de pessoas. A Turquia foi considerada a quarta maior força de trabalho entre os países da Unidade Européia. As obras naquele país pululam em decorrência dos investimentos pesados em infra-estrutura. Em comparação com o Brasil, os turcos saíram na frente na questão da logística. As rodovias e as ferrovias, inclusive utilizando- se de sistemas de túneis marítimos, como ocorre no Estreito do Bósforo.
São empreendimentos de transporte que interligam o país com a Europa e a Ásia e que não ficam apenas nos projetos de engenharia nem em percursos interrompidos como ocorre com a Ferrovia Norte-Sul. Esta é uma obra que começou ainda no governo Sarney e não conclui nunca.
No Brasil, entidade como a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) parece chover no molhado de tanta insistência por uma logística de transportes interligando todo o país. Numa nação onde a saúde pública implora pelo amor de Deus por um melhor atendimento, os estádios monumentais se disseminam por todas as regiões. Obra com orçamento previsto inicialmente para R$200 milhões estão custando R$2 bilhões à sociedade brasileira. Depois da Copa Mundial de 2014, com certeza esses “maracanãs” da vida ficarão ociosos, sem darem o mínimo de retorno.
A Turquia ampliou sua capacidade de fornecimento para geração de eletricidade de 31.846 MW, em 2002, para 52.911 MW, em 2011, tendo seu governo estabelecido metas específicas para aumentar a capacidade de fornecimento elétrico para 125.000 MW, até 2023, ano de comemoração do centenário da República da Turquia. Segundo dados da ICTA (autoridade para Tecnologia da Informação e da Comunicação), haviam naquele país em 2011: 65,3 milhões de assinantes de telefonia móvel; 15,2 milhões de assinantes de telefonia fixa; 50 milhões de usuários da Internet; e 14 milhões de assinantes de banda larga.
Num país de 75 milhões de habitantes (no Brasil, a população chega à casa dos 200 milhões), em 2011 foram transportados 118 milhões de passageiros aéreos. O país dispõe de 47 aeroportos, entre os quais 13 internacionais. As auto-estriadas cobrem 64.319 quilômetros e as ferrovias 12.000 quilômetros. Os portos marítimos oferecem uma capacidade de 363 milhões de toneladas anuais. A capacidade de transporte de carga aéreo é de 1,8 milhões de toneladas ao ano, conforme o Ministério de Transportes e da Comunicação.
A nação turca é fortemente atraída, sem dúvida, pelo seu setor de logística. Este quadro novo decorre pelo desenvolvimento apresentado desde que os turcos firmaram acordo de união aduaneira com a Unidade Européia. Sua infra-estrutura geográfica, física e corporativa é uma das principais atrações para potenciais investidores. Causas importantes: proximidade dos mercados europeus, do Oriente Médio e o norte da África. Neste entorno, são 1,5 bilhões de consumidores.
Àquele país tem papel-chave na conexão dos corredores de transportes pan-europeus à Ásia Central, além da bacia do Mediterrâneo. As conexões leste – oeste e norte –sul abriram maior importância como conduto natural. As redes nacionais de estradas e ferrovias estão completamente integradas à infra-estrutura eurasiana. O projeto ferroviário da rota da seda constituirá uma alternativa uniforme entre a Europa, o Oriente Médio, as repúblicas turcas e o Extremo Oriente por meio da Turquia. O transporte regular por caminhões e as rotas de ferry continuam a aumentar a capacidade dos serviços logísticos.
A Turquia atende aos requisitos para o transporte barato e eficaz de mercadorias com a infra-estrutura de alto desempenho, serviços de transporte confiáveis e localização estratégica da região. Entendo que o governo brasileiro tem muito o que aprender com aquele país.

Um comentário:

  1. Podemos observar mais um exemplo a Turquia um país que não esta tão evidente nos cenários do comercio, é visto como um país totalmente turístico. Mas em questão de investimentos em infra-estrutura logística esta bem a frente do Brasil que nesse ano foi o maior produtor de alimentos no mundo. O Brasil está preocupado com os mega eventos como copa do mundo e olimpíadas e deixa de fazer investimentos em portos, aeroportos, ferrovias, rodovias e aumento da capacidade energética do país. Isso que fará o Brasil crescer e não excelentes estádios de futebol.

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