quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Os novos usos do contêiner

A crescente utilização de contêineres para o transporte de cargas soltas ou a granel, aliada ao destaque do Porto de Santos na operação de produtos de maior valor agregado, impulsiona a movimentação das caixas metálicas no complexo santista. 

A análise foi feita por especialistas da região, que acreditam na polivalência dos cofres como uma tendência, devido a sua agilidade, ao seu custo-benefício e a sua segurança. Nos nove primeiros meses do ano, as operações com contêineres cresceram 6,7% em relação às do ano passado. De 2.192.724 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), o volume saltou para 2.339.962 TEUs. 

O milho, por exemplo,teve a um salto de 203,8% nos embarques em caixas metálicas. Nos nove primeiros meses deste ano, esses carregamentos somaram 47.298 toneladas. A quantidade é pequena, se comparada com o volume que é embarcado a granel, 5.206.421 toneladas,mas tende a subir. Com o açúcar, a situação já se inverteu. 

Hoje, o Porto de Santos exporta mais a commodity dentro de contêineres do que em sacos. Um total de 1.357.904 toneladas foram escoadas em caixas metálicas de janeiro a setembro deste ano. O volume embarcado em sacos chegou a 321.094 toneladas, enquanto a carga solta atinge 9.851.236 de toneladas. 

O cenário promissor não surpreende o diretor da Faculdade de Ciências Administrativas, Comerciais, Contábeis, Econômicas e Marketing da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), Hélio Hallite. Para ele, essa é a tendência de todos os portos. Além das novas instalações para contêineres em construção em Santos, como a Brasil Terminal Portuário (BTP) e a Embraport, o aumento na movimentação de cofres no complexo está relacionada, segundo Hallite, à transferência de cargas, caso do açúcar,que tem migrado das sacarias para os contêineres. A nova dinâmica dos mercados consumidores também foi mencionada pelo economista. 

"O contêiner permite uma produtividade padrão cadenciada. São mais ágeis, têm melhor custo/benefício e são mais seguros, pois podem ser rastreados. Os mesmos equipamentos para descarga aqui são usados em todo o mundo, como os portêineres. Isso facilita a descarga. Permite a padronização, uma corrente de comércio cadenciada",disse. 

A mesma avaliação foi feita pelo coordenador dos cursos de pós graduação em Comércio Exterior e Gestão Estratégica de Logística da Unimonte, Léo Tadeu Robles, que também atribuiu o crescimento de Santos ao aumento da importação e ao movimento da economia brasileira. 

"O Porto tem maior vocação para contêineres pela grande movimentação de produtos de maior valor agregado, como peças, equipamentos. E o açúcar ensacado também está migrando, pois é difícil ter um lote que justifique a operação de um navio completo. E a tendência também é aumentar a participação dos contêineres. Até a ferrovia está sendo adaptada para eles", citou Robles. 

Fonte: A Tribuna

Pacote para os portos está quase pronto, afirma Passos


O pacote de medidas para modernizar o setor portuário está praticamente pronto, afirmou o ministro dos Transportes, Paulo Passos, segundo quem o pacote também vai contar com estímulos à infraestrutura que dáacesso  aos portos, como ferrovias e rodovias. "O objetivo central das medidas é não só modernizar nossos portos, mas fazê-los 'conversar' com outros modais de transporte, e mesmo com outros portos", disse o ministro à Agência Estado.

De acordo com Passos, o esforço do governo Dilma Rousseff é de "integrar a logística" nacional e, para isso,continuará sendo pragmático. Sem adiantar detalhes das medidas para o setor portuário, Passos lembrou as concessões de R$ 133 bilhões em rodovias e ferrovias anunciadas pela presidente Dilma Rousseff em agosto: "somos pragmáticos, escolhemos o melhor modelo possível, de forma a ganhar tempo", disse.

Como antecipou o jornal O Estado de S. Paulo no domingo, o interesse do governo federal é integrar as ferrovias e rodovias que serão concedidas à iniciativa privada aos portos.

"O modelo portuário e os próprios terminais precisam ser modernizados, sem dúvida, mas é preciso haver um amplo e diversificado acesso aos portos. Isso inclui rodovias e mesmo ferrovias duplicadas se for preciso, e uma conversa maior entre os próprios portos", disse o ministro dos Transportes, que participou de seminário sobre ferrovias na sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Fonte: http://www.dgabc.com.br/News/5996265/pacote-para-os-portos-esta-quase-pronto-afirma-passos.aspx

Práticos rebatem armadores e acirram debate sobre custos


Os práticos, profissionais habilitados pela Marinha que assessoram os comandantes na entrada e saída dos portos, abriram fogo contra armadores. Eles dizem que a tese de que o governo quer flexibilizar a formação profissional para baixar os preços do serviço é falsa e está sendo plantada por algumas empresas. "O governo federal sempre mostrou zelo com a segurança da navegação, da vida humana no mar, das instalações portuários e do meio ambiente. Quando se fala que a união considera isso a gente entende que é a união dos armadores internacionais, não a União Federal", diz o assessor-executivo da diretoria Praticagem de Santos, Marcos Matusevicius.

Os armadores são obrigados por lei a contratar o serviço de praticagem, que é regulado pela Marinha e não tem concorrência. Os valores são negociados entre as partes. Quando não há acordo, a Marinha fixa os preços, por meio da Diretoria de Portos e Costas (DPC). A DPC tem doze processos concluídos; dois encerrados (houve conciliação); três interrompidos; e um recém-iniciado. Mesmo sem pagamento, o prático não pode deixar de atender o navio.

Nos últimos anos, os armadores passaram a reclamar do que consideram altos custos do serviço. Os práticos, por sua vez, dizem que os preços são compatíveis com os internacionais. Não há consenso no governo sobre isso e Brasília estuda incluir no pacote portuário a criação de uma comissão interministerial para estudar o tema.

"Se essa discussão começar por uma tábula rasa, sem preconceito, vamos conversar. Agora, como vou dizer se é caro ou barato se eu não comparo com ninguém?", diz o presidente do Conselho Nacional de Praticagem (Conapra), Ricardo Falcão.

Para ele, o intuito dos armadores não é repassar as reduções de custo aos exportadores e importadores, mas ampliar as margens de lucro - do que resultaria vazia a versão de que, diminuindo os preços das manobras nos portos, cairia o frete marítimo e, consequentemente, o custo Brasil, como quer o governo. Procuradas, as associações das empresas de navegação não se manifestaram.

Nos últimos anos, companhias de navegação de longo curso e de cabotagem levaram o pleito de redução à Brasília, comparando números com os de portos internacionais. A antiga gestão da Secretaria de Portos (SEP), então sob o comando do ex-ministro Pedro Brito, encampou a versão das empresas. Dizia que, por ser um serviço compulsório, o poder de barganha dos práticos era maior que o dos armadores nas negociações. O estudo foi desqualificado pelos práticos que apresentaram outra pesquisa.

Em 2010, a SEP elaborou uma minuta de decreto que criava a comissão nacional para assuntos de praticagem. O objetivo era "propor metodologia de formação de preços em cada zona de praticagem e medidas para o aperfeiçoamento da regulação e regulamentação do serviço". O governo, contudo, não baixou o decreto. Dessa vez, pretende esmiuçar o assunto. "Se a conclusão é que está caro, então o governo deve tomar medidas para baixar. Mas isso é conclusão, não pode ser premissa", diz Falcão.

Segundo ele, na média, quase todos os portos do Brasil "estão custando de US$ 1.500 a US$ 1.700 para navio que chega a ter 8 mil contêineres". À exceção da Bacia Amazônica, que prevê mais de um dia de operação e dois práticos a bordo. Os números oscilam conforme as variáveis (tipo e tamanho do navio, distância a ser percorrida, complexidade da manobra), o que dificulta uma visão uniforme dos valores nas diferentes zonas de praticagem e turva a discussão.

Em Santos, por exemplo, foram acordados valores por manobra entre R$ 5 mil a R$ 20 mil, disse a Marinha em nota. A partir de uma certa arqueação bruta do navio (normalmente 60 mil toneladas), há um acréscimo por tonelada. A praticagem de Santos faz, em média, 35 manobras por dia.

O Valor consultou algumas das últimas portarias publicadas pela DPC e verificou uma ampla gama de números em diferentes zonas de praticagem. No porto do Rio uma manobra vai de R$ 4,3 mil a R$ 19,3 mil. Tais valores são aplicados apenas a um grupo de armadores que não têm acordo com a Praticagem do Rio desde 2010 e que representam 8% do movimento total da zona de praticagem do Estado, diz o Conapra.

"Não é possível gastar com prático mais do que se gasta com rebocadores. Às vezes três rebocadores custam menos do que um prático. E o rebocador é uma máquina, com cinco pessoas a bordo", diz uma fonte que pede sigilo.

A Marinha refuta que estude dispensar o serviço de praticagem. Mas destaca que, caso existam comandantes de embarcações brasileiras que cumpram todos os requisitos previstos nas normas do órgão, "a dispensa poderá ser eventualmente analisada". A possibilidade já existe, mas não tem sido utilizada.

Fonte: Valor Econômico

Rumo mira pacote de licitações portuárias


Empresa criada pelo grupo Cosan para movimentar commodities agrícolas por ferrovia, com destaque para açúcar, a Rumo Logística tem interesse em expandir sua atuação no setor portuário. O alvo da empresa é o pacote de investimentos no setor, a ser lançado pelo governo federal até o fim do ano.

O presidente da Rumo, Julio Fontana, diz que a companhia pretende atuar como operadora portuária em terminais de Paranaguá, principal porto do Estado do Paraná, além de fortalecer sua operação no litoral paulista (Santos).

Hoje, a companhia executa investimentos de R$ 60 milhões em uma estrutura no porto de Santos, que permitirá carregar navios de granéis sólidos mesmo sob chuva. No momento, dependendo da condição climática, é preciso parar as operações de carregamento para que a carga não molhe.

A Rumo já tem operação portuária no litoral santista, herdado da Cosan. Até 2014, o terminal receberá investimentos de R$ 90 milhões. As instalações tem plano de chegar a capacidade de embarque anual de 11 milhões de toneladas de açúcar, além de outros granéis.

Além de projetos a serem licitados, Fontana acredita que o novo pacote trará uma série de ações para destravar investimentos no setor. Uma delas, acredita ele e outros executivos do setor, deve flexibilizar a legislação que obriga as empresas a movimentar predominantemente carga própria nos terminais. Poucas empresas conseguem atender a essa norma, dizem executivos.

A Rumo planeja fortalecer também suas operações nas ferrovias. Isso, diz Fontana, independe da conclusão do negócio entre a controladora Cosan e a concessionária de ferrovias América Latina Logística (ALL). O grupo fez oferta de aquisição de 49% do bloco de controle da ferrovia e o negócio está em fase final.

O objetivo da Rumo é se tornar uma operadora ferroviária no novo modelo de concessões elaborado pelo governo federal, por meio do Programa de Investimentos em Logística - lançado em 15 de agosto deste ano. O Planalto pretende atrair R$ 90 bilhões para as ferrovias, em 12 trechos de 10 mil quilômetros ao todo. No novo formato de licitações, uma concessionária será responsável por construir ou reformar uma estrada de ferro. Depois de realizado o investimento, vários operadores poderão utilizar esse trecho (menos quem investiu nos trilhos).

A Rumo pretende transportar commodities agrícolas tradicionais, como soja e trigo, e outras que podem ser classificadas como produtos industriais (dependendo da empresa), como celulose.

Além dos trechos anunciados em agosto, a linha entre Palmas (TO) e Estrela D'Oeste (SP) é um dos que mais atraem a empresa. Caso conquiste o trecho, ela terá o domínio de um dos dois grandes corredores ferroviários que ligam o Centro-Oeste ao litoral do país. E, caso a venda da ALL seja efetivada, a Cosan terá também o outro corredor: de Rondonópolis (MT) ao Estado de São Paulo/Santos.

Fontana adianta ainda que o terminal da companhia em Itirapina (SP), que entrou em operação neste mês, deve receber investimentos - por parte de um cliente - para instalação de uma moagem de fertilizantes com capacidade de produção de 1 milhão de toneladas ao ano. A companhia está quase finalizando o contrato com a empresa investidora - que já tem experiência no ramo, disse o executivo, embora não tenha adiantado fornecido detalhes.

Quando finalizado, o complexo logístico em Itirapina deve se transformar no maior terminal da Rumo. Com 15 mil metros quadrados de área construída, o projeto recebeu investimento de R$ 100 milhões na primeira etapa e prevê outros R$ 150 milhões em expansão. Terá estrutura para receber 11 mil toneladas de carga por dia. Ao todo, o investimento da Rumo será de R$ 1,3 bilhão até 2014. A maior parte dos recursos será em trilhos (R$ 600 milhões) e em material rodante (R$ 400 milhões). (Colaborou Ivo Ribeiro)

Fonte: Valor Econômico/Por Fábio Pupo | De São Paulo

Transpetro lança ao mar o 'Anita Garibaldi'


A Transpetro e o Estaleiro Mauá, em Niterói (RJ), lançaram ao mar nesta terça-feira (27) o navio "Anita Garibaldi", primeiro de uma série de quatro petroleiros do tipo panamax que serão batizados em homenagem a mulheres que ajudaram a construir a História do Brasil. O navio foi transferido ao cais do estaleiro, onde passará por acabamentos finais, antes da entrega à companhia para início das operações.

Com 228 metros de comprimento e capacidade para 650 mil barris, os navios panamax serão usados para o transporte de petróleo e derivados escuros. O "Anita Garibaldi" é a sétima embarcação do Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (Promef) lançada ao mar.

“Em um tempo em que as mulheres ocupam posições de destaque no cenário brasileiro, como a primeira presidenta do nosso país, Dilma Rousseff, e a primeira presidente da Petrobras, Graça Foster, nada mais justo do que homenagear a garra, a força e a luta das nossas mulheres”, disse, em seu discurso, o diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, que representou a presidente da companhia no evento.

Três navios do programa — "Celso Furtado", "João Cândido" e "Sérgio Buarque de Holanda" — já iniciaram as operações. Outros três navios – "Rômulo Almeida", "José Alencar" e "Zumbi dos Palmares' – estão em fase final de construção. O suezmax "Zumbi dos Palmares" foi lançado ao mar no último dia 23, no Estaleiro Atlântico Sul (EAS), em Pernambuco.

“O lançamento ao mar do navio "Anita Garibaldi" comprova que a indústria naval brasileira saiu definitivamente da inércia. Em menos de uma semana, dois navios construídos por brasileiros foram lançados ao mar para os acabamentos finais. Navios que, em breve, se juntarão à nossa frota para carregar as riquezas deste país”, afirmou o presidente da Transpetro, Sergio Machado.

O "Anita Garibaldi" tem como madrinha Rosa Cristina da Silva Carvalho de Azevedo, técnica de enfermagem e trabalho da Transpetro. Logo após o lançamento da embarcação, o estaleiro Mauá realizou o batimento de quilha do segundo navio da série de quatro panamax encomendados pelo Promef.

Com encomenda de 49 navios e 100 embarcações hidroviárias, o Promef garantiu as bases para o renascimento da indústria naval brasileira. Três novos estaleiros foram viabilizados pelo programa: Estaleiro Atlântico Sul e STX Promar, em Pernambuco, e  Rio Tietê, em São Paulo.

Perfil de Anita Garibaldi (1821 – 1849)
Ana Maria de Jesus Pinheiro nasceu em Santa Catarina, em 1821. Aos 14 anos, casou-se, pela primeira vez, com o sapateiro Manoel Duarte de Aguiar. Com 18 anos, conhece o italiano Giuseppe Garibaldi, à época com 32 anos, durante a Revolução Farroupilha. Anita decide seguir Garibaldi e sobe em seu navio para lutar na guerra. Participou de diversas batalhas, combatendo ao lado de Giuseppe, com quem se casou e teve quatro filhos. Recebeu o título de “Heroína de dois mundos”, por ter participado de batalhas no Brasil e na Itália. Morreu aos 27 anos, em Ravena, na Itália. 

Ficha técnica/navio Anita Garibaldi
Tipo: petroleiro panamax
Porte bruto: 72.900 Toneladas de Porte Bruto (TPB)
Comprimento total: 228 m
Boca: 40 m
Calado:12 m
Altura: 48,3 m
Velocidade: 15 nós
Transporta: petróleo e derivados escuros
Capacidade para transportar 90,2 milhões de litros
Característica: navio "shallow draft" (calado reduzido)

Fonte: http://portosenavios.com.br/site/noticias-do-dia/industria-naval-e-offshore/20022-transpetro-lanca-ao-mar-o-anita-garibaldi

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Sobratema participa de Fórum sobre infraestrutura logística do agronegócio


A Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção participará do Fórum “Safra Recorde de Grãos: Os Desafios da Logística em 2013”, promovido pela ABAG – Associação Brasileira do Agronegócio e pela ABIOVE – Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais, no dia 28 de novembro, em São Paulo.

O evento tem o objetivo de debater os desafios que o Brasil irá enfrentar para movimentar a safra de grãos, em 2013, estimada em 81 milhões toneladas de soja, 73 milhões de toneladas de milho e mais 28 milhões de toneladas de outros grãos. Além disso, tratará de assuntos como os custos operacionais com o transporte rodoviário e a implementação da legislação, que estabelece um novo regime da jornada de trabalho do frotista.

De acordo com Eurimilson Daniel, vice-presidente da Sobratema, o setor do agronegócio terá um grande desafio nos próximos anos. “Ainda existem muitos problemas na área de infraestrutura logística, mas os anúncios recentes de investimentos na área de transportes e a mudança para as concessões nas diversas modalidades podem contribuir para superá-los”, afirma.

Segundo a pesquisa Principais Investimentos em Infraestrutura no Brasil até 2017, da Sobratema, são esperados aportes financeiros públicos e privados da ordem de R$ 397,6 bilhões para ampliar, melhorar e desenvolver as malhas ferroviária e rodoviária e para construção e ampliação de portos e aeroportos.

Realizado em meio a um café da manhã, o Fórum “Safra Recorde de Grãos: Os Desafios da Logística em 2013” contará também com a participação de representantes do governo, dos transportadores e os usuários. O encontro será aberto pelo presidente da Abag, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, e encerrado por Carlo Lovatelli, presidente da Abiove.

Fonte: http://www.sonoticias.com.br/agronoticias/mostra.php?id=56857 

Ferroanel pode acompanhar traçado do Rodoanel


O secretário estadual paulista de Transporte e Logística, Saulo de Castro Filho, afirmou nesta terça-feira que, se o governo federal quiser o ferroanel da cidade de São Paulo com o mesmo traçado do Rodoanel Mário Covas, no trecho norte, é preciso que a construção comece até agosto do ano que vem.

De acordo com ele, passada essa data, a obra do ferroanel vai comprometer o prazo estipulado pelo governo do Estado para concluir o trecho rodoviário, em 2015. "Se for fazer o mesmo traçado, as duas obras têm que caminhar juntas", disse o secretário, no Palácio dos Bandeirantes. "Em agosto, a obra do ferroanel tem que ter máquina na pista, esse é o prazo máximo que eu consigo segurar a obra do Rodoanel", completou.

Castro Filho disse que aproveitar  o traçado do Rodoanel para construir, ao longo da via, a linha de trem pode gerar uma economia de tempo e de R$ 1,5 bilhão na obra ferroviária do governo federal. "Já temos todo o licenciamento ambiental e o traçado. Aproveitar isso seria uma economia de preço e de tempo para o ferroanel, em um local de difícil construção porque passa por trecho de serra, próximo ao Aeroporto Internacional de São Paulo, e pela zona urbana de Guarulhos", afirmou.

As obras do trecho norte do Rodoanel serão iniciadas em janeiro próximo, enquanto o ferroanel ainda aguarda licitação, que, de acordo com o secretário, está prevista para o mesmo mês. "Pelo retorno que tenho tido nas conversas com o governo federal, vai dar tempo das obras da ferrovia começarem até agosto de 2013", afirmou Castro Filho. O trecho norte das obras tem 52 quilômetros de vias e a previsão é de que fiquem prontas no começo de 2015.
Fonte: http://www.dgabc.com.br/News/5996235/ferroanel-pode-acompanhar-tracado-do-rodoanel.aspx

JSL: a aposta do Santander em logística na bolsa


Julio Simões Logística
Líder do setor, as ações da JSL acumulam alta de 39,35% no ano


São Paulo - Na opinião do Santander, a JSL (JSLG3) é a melhor opção do setor delogística. O banco inicia a cobertura das ações da empresa com recomendação da compra e preço-alvo de 16 reais por papel para o final de 2013. No ano, os papéis da JSL acumulam alta de 39,35%, enquanto os da ALL, sua principal concorrente, têm desvalorização de 9,10%.
Segundo os analistas Pedro Balcão Reis, Bruno Amorim e Renan Manda, que assinam o relatório, a preferência se justifica por uma série de vantagens competitivas que a companhia tem sobre seus pares. Além de ser a maior provedora de logística do país e ser a única empresa a oferecer “parada única de compras”, a JSL se destaca por ser a maior compradora de veículos pesados do país – o que dá a ela um bom poder de barganha com as montadoras. 
Eles destacam ainda que a rede de vendas permite que a empresa venda mais de 40% dos veículos leves e quase 100% dos pesados diretamente aos consumidores finais. A empresa tem também forte potencial de vendas cruzadas por conta de sua gama completa de serviços oferecidos. 
O forte crescimento da receita previsto para 2012 e o baixo risco são outros destaques importantes na escolha. Segundo as projeções dos analistas, a receita da divisão de logística pode crescer 16% em 2012 e 18% em 2013. Além disso, o mercado de logística do Brasil é ainda tem pouca penetração, o que significa um forte potencial de crescimento no longo prazo para a empresa. 
O baixo risco se dá por a JSL ser uma empresa diversificada em termos de clientes e setores econômicos e só comprar ativos após assinar contrato de longo prazo com o cliente. 
Fonte: http://exame.abril.com.br/mercados/analises-de-acoes/noticias/jsl-a-aposta-do-santander-em-logistica-na-bolsa

Publicidade Indústria assina termo de compromisso para logística reversa


Da Fiep
Implantação dos planos de gerenciamento de resíduos sólidos está prevista para o primeiro semestre do ano que vem
A inciativa da Fiep em auxiliar a indústria a atender ao edital de chamamento nº 001/2012 da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema), que institui no Estado a prática da logística reversa, obteve resultado positivo. O termo de compromisso que estipula uma agenda de adequação do setor à legislação foi assinado por 60 sindicatos empresariais. O prazo para a assinatura terminou dia 23 de novembro. Agora o próximo passo é elaboração de planos de ação setoriais, até o fim do primeiro semestre de 2013, para a implementação gradativa de processos que atendam à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
Mais da metade dos sindicatos filiados à Fiep irão participar do processo de desenvolvimento e implantação da Logística Reversa no Estado. “A grande vantagem para essas indústrias é que elas vão opinar sobre a melhor maneira de cumprir a legislação, não será algo estabelecido por técnicos de fora das indústrias”, avalia Luciano Busato, analista técnico da gerência de Fomento e Desenvolvimento, responsável por conduzir as articulações setoriais.
A obrigatoriedade de logística reversa, ou seja, o caminho inverso do produto após o consumo até o fabricante foi determinada pela Lei 12.305/10, que institui a PNRS, em 2010. A medida prevê a responsabilidade compartilhada – entre fabricante, comerciante e consumidor – pela destinação final ambientalmente responsável dos produtos.
A ideia é que as empresas associadas aos sindicatos que assinaram o termo de compromisso se reúnam para estipular a melhor maneira de gerenciar o resíduo sólido gerado no decorrer da produção. “Os setores vão se reunir e avaliar o que pode ser implementado e o prazo para fazer isso com o apoio da Sema”, afirma Busato. Ele comentou que o bom relacionamento da Fiep com o órgão ambiental foi determinante para estruturar um planejamento que prioriza a capacidade da indústria e cumpri-lo.
A Fiep elaborou a agenda para o ano que vem, juntamente com a Sema e os sindicatos. Conforme informou o assessor da presidência, Irineu Roveda Junior, a entidade vai  auxiliar na metodologia, técnicos e também com o espaço físico durante as reuniões agendadas.
Outra vantagem para as empresas associadas aos sindicatos que se comprometeram com a Sema, além de ter voz ativa no processo, é o respaldo de que já estão fazendo algo para se adequar. “A PNRS já está em vigor desde 2010 e existem atuações de indústrias que não estão de acordo com a lei. Para aquelas que assinaram o termo existe o argumento de que têm o desejo de cumprir as exigências caso sejam questionadas em algum momento”, avalia Busato.

Fonte: http://blogs.odiario.com/pacocacomcebola/2012/11/27/industria-assina-termo-de-compromisso-para-logistica-reversa/

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Investimento em logística cria novo corredor para exportação


São Paulo - “A implantação de portos no norte, como os de Outeiro, Vila do Conde e Santarém, e do Terminal de Grãos do Maranhão, no Porto de Itaqui, são o marco no redirecionamento logístico da produção agrícola dedicada à exportação.”  A opinião é do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Mendes Ribeiro Filho, que falou ontem com exclusividade ao DCI.

O Mapa observa o desenvolvimento de um marco logístico para a exportação de grãos na Região Norte do País, com projetos de portos e meios de escoar a produção, mas destaca aportes que são exclusivos da iniciativa privada e dos governos estaduais, reconhecendo que não existe previsão de investimento  do governo federal em logística para a nova fronteira agrícola do Brasil.

Os empreendimentos portuários em andamento são bancados por companhias estaduais e concessões ao setor privado. É o caso do Porto de Outeiro, em Belém (PA), estimado em cerca de R$ 700 milhões, que, para se tornar o maior terminal de grãos do País, deve ser arrendado, ainda este ano. O empreendimento tem potencial para movimentar anualmente dezoito milhões de toneladas de produtos agrícolas, e pecuários, segundo a Companhia Docas do Pará.  

Já o Terminal de Grãos do Maranhão (), que deve levar o estado ao terceiro posto na exportação brasileira de grãos, deve receber  R$ 22 milhões de cinco concessionárias, além de R$ 4 bilhões do BNDES, cedidos ao governo estadual e administrados pela Empresa Maranhense de Administração Portuária.

Localizado no Porto do Itaqui, em São Luis (MA), O Tegram teve sua pedra fundamental lançada no último dia 7. O complexo elevará a capacidade do Itaqui dos atuais 2,5 milhões de toneladas de grãos ao ano para quinze milhões de toneladas até 2020 — número equivalente a um terço da capacidade instalada para exportação de grãos pelos portos do norte e do nordeste.  “A partir dessas melhorias, será possível reduzir as distâncias percorridas e o custo logístico, em percentual próximo de 30%, possibilitando aumento da renda dos produtores rurais e a competitividade dos produtos nos mercados internacionais”, afirmou o ministro, destacando também a ampliação da malha ferroviária do País, com a concessão de trechos da Ferrovia Norte-Sul, que se prolongará até os Portos de Belém e Paranaguá.

A região conhecida por Matopiba, que abrange os Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e o oeste da Bahia, concentra os investimentos em infraestrutura do agronegócio. Ontem, Mendes Ribeiro Filho reconheceu a necessidade de se investir em terminais logísticos intermodais para que se acompanhe o crescente ritmo de produção. “Precisamos ampliar a oferta dos modais ferroviário e hidroviário, assim como ampliar a capacidade operacional dos portos. Outro segmento sujeito a grande pressão é o da armazenagem, mas um escoamento mais ágil da soja certamente dará espaço para armazenar milho, cujo volume também será ampliado”, observou o ministro.

“Em síntese, o aumento da produção deve ser enfrentado com alguns ajustes nos processos e nos segmentos de logística. Dessa forma, o País conseguirá escoar adequadamente suas riquezas, dado a experiência adquirida ao longo dos anos com os sucessivos aumentos produtivos no setor agrícola”, comentou. 

Questionado sobre a participação do governo nas exportações do ano que vem — quando parte dos projetos já deverá ser entregue —, o ministro disse que, “como os preços atuais estão em níveis elevados, parte da produção já foi comercializada antecipadamente, garantindo liquidez, o que não deverá implicar a necessidade de apoio do governo”.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que as exportações da próxima safra brasileira de grãos sejam menores do que as de 2012/2013: quinze milhões perante dezenove milhões de toneladas, por conta da recuperação das lavouras norte-americanas, que, por terem quebrado este ano, deram vez ao produto  do Brasil.

A respeito do seguro rural, o ministro disse que, neste ano, R$ 174 milhões já foram disponibilizados aos produtores rurais no Brasil — conforme aprovação do Tribunal de Contas da União (TCU). “Também estão em tramitação no Congresso Nacional outros R$ 100 milhões de crédito suplementar”, apontou o ministro. O total possível para 2012, de R$ 274 milhões, representa aumento de 8,3% na área coberta pelo Programa de Subvenção. 

“Com a evolução do mercado de seguro no Brasil, o que se espera é que os produtos sejam aperfeiçoados para melhor atender às necessidades dos produtores”, disse Ribeiro Filho.

Fonte:Panorama Brasil

Ceará terá R$ 1,6 bi para transportes


Os dois portos em operação no Ceará - Mucuripe e Pecém - deverão receber volume de investimentos superior a R$ 1 bilhão nos próximos anos, que somados aos investimentos em transporte rodoviário - mais R$ 640 milhões -, resultará em um aporte de R$ 1,64 bilhão para incrementar a infraestrutura logística estadual. Entre obras em andamento, aguardando ordem de serviço, com processo licitatório em curso, ou esperando autorização, os projetos envolvem recursos tanto federais como estaduais e visam dotar os terminais portuários aqui localizados de melhores condições para atender a demanda das empresas existentes e dos grandes empreendimentos estruturantes em implantação no Estado, permitindo, assim, avanços no escoamento da produção.

Portos

Só para o Pecém, por exemplo, maior equipamento do gênero no Ceará, estão previstos aproximadamente R$ 794 milhões. 

As intervenções mais importantes no local - a colocação de uma correia transportadora de minérios e a segunda etapa de ampliação do porto -, que juntas somam investimento de R$ 781,4 milhões, ainda aguardam processo licitatório, segundo informou a Cearáportos, empresa que administra o lugar. A previsão de entrega, uma vez assinada a ordem de serviço, é de aproximadamente 30 meses.

Já o Porto do Mucuripe, conforme informado pela Secretária dos Portos (SEP), receberá, até 2013, aportes de quase R$ 259 milhões.

Entre as maiores obras, a dragagem de aprofundamento, que custou aproximadamente R$ 54,6 milhões, está em fase final, sendo realizada a batimetria (medição da profundidade). E ainda a construção do Terminal de Passageiros, orçado em R$ 149 milhões, em andamento, com previsão de entrega para abril do ano que vem.

Porém, em se tratando de logística de transportes, terminais portuários não sobrevivem sozinho, necessitam do apoio de outros meios de transporte. É o que lembra o secretário de Infraestrutura do Ceará, Adail Fontenele. Conforme disse, duas grandes intervenções no modal rodoviário estão sendo conduzidas pelo governo do Ceará para apoiar os dois portos existentes.

Estradas

"Uma delas é a duplicação de 32 quilômetros de rodovias estaduais, o chamado Anel Viário, ligando as BRs 116 e 222, facilitando, assim, o acesso aos dois portos. Ao mesmo tempo, temos o Arco Metropolitano, que, ao contrário, passará por fora de Fortaleza, também ligando rodovias estaduais e federais até o Porto do Pecém. Serão mais 110 quilômetros de estradas duplicadas", explica.

De acordo com Adail Fontenele, os dois projetos somam aproximadamente R$ 640 milhões em investimentos, sendo que os R$ 340 milhões referentes ao Anel Viário são recursos do governo federal, mas com execução sob a responsabilidade do governo do Ceará.

Além do que, nos últimos cinco anos, os aportes em rodovias no Estado, chegam a R$ 1,73 bilhão, sendo que o equivalente a R$ 1,1 bilhão referem-se a obras de duplicação, construção e recuperação já entregues, com o restante em andamento, licitado/contratado, em licitação ou ainda em projeto.

Plano diretor

Sem contar, explica o Departamento de Rodovias Estaduais (DER), vinculado à Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra), O Plano Diretor Rodoviário que servirá de ferramenta para nortear a política de logística de transporte rodoviário com a integração com os demais modais de transporte.

Mudanças

"Está ocorrendo uma mudança na atuação do DER, com a adaptação de algumas rodovias estaduais para permitir o transporte de cargas pesadas, dando acesso às rodovias federais (as BRs) a fim de escoar a produção do Interior do Ceará. O Estado quer dar novos caminhos para descentralizar e desenvolver também o Interior", completa o secretário Adail Fontenele.

Modificações
"Está ocorrendo a adaptação de algumas rodovias estaduais para permitir o transporte de cargas pesadas".

Adail Fontenele, Secretário de Infraestrutura

Fonte:Diário do Nordeste(CE)

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Hidroanel (SP): solução logística, urbana e ambiental


Congestionamentos no trânsito e emissões são marcas da maioria das grandes cidades do planeta - suas metrópoles, em particular. Gerenciá-los e reduzi-los é desafio para autoridades e toda a sociedade. No caso da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), a quarta maior conurbação mundial (quase 20 milhões de hab.), esse desafio é ainda maior. Os números das cargas, p.ex., são expressivos: 25.000 viagens/dia só para a construção civil (110 milhões ton/ano – mais que o Porto de Santos!); e mais de 400 mil/dia para o conjunto das cargas que abastecem a população e garantem o funcionamento do maior polo econômico da América Latina.

Mapa do projeto Hidroanel Metropolitano na capital paulista

Uma ameaça, sim. Mas há, também, uma oportunidade! Você já tinha pensado que São Paulo é quase uma ilha? Pois é. Se conectados, os rios Tietê + Pinheiros, as represas de Billings + Taiaçupeba, e com um canal de 25 e 30 km, ligando-as, ter-se-ia um hidroanel de 170-180 km! Este, que nasceu da releitura de 67 projetos, de múltiplos autores, elaborados ao longo do século XX, demandaria investimentos da ordem de (apenas!) R$ 3 bilhões, e seria possível ser implantado ainda nesta década.
Seus benefícios logísticos e ambientais, e da retomada da navegação de cargas na RMSP, intensa até meados do século XX (de passageiros mantem-se há 80 anos na represa!), poderiam, ainda, ser potencializados, pois ele se superpõe aos rodo e ferro anéis. E, isso, em três estratégicos pontos (integração trimodal!). Ambientalmente pode, também, ser um dos instrumentos, tanto da “Política Nacional de Resíduos Sólidos” (destacando-se a exigida “logística reversa”), como da “Política Estadual de Mudanças Climáticas – PEMC” (meta de redução de 20% das emissões do ano-base 2005, até 2020 - quase 60% do previsto para aquele ano!).
Mas, além da navegação, ele pode ter outras contribuições. Controle de inundações (reservatórios da hidrovia são, também, mega-piscinões); abastecimento de água (limpa, da cabeceira do Tietê diretamente para Billings); despoluição do Rio Pinheiros (agravada pela pouca circulação); agricultura (pela irrigação, via canal, ampliando as tradicionais áreas de hortifrúti à leste); geração de energia na eficiente Usina Henry Borden (capacidade hoje limitada a 1/3 pela escassez de água). Também lazer e turismo (que floresceu até meados do Século-XX na região das represas); e requalificação de extensas áreas lindeiras para uso imobiliário.
O aumento da navegação pode acelerar o processo de despoluição

Enfim, o hidroanel é um plano de uso múltiplo das águas, corrente na Europa e Estados Unidos, que pode redirecionar o desenvolvimento da grande metrópole, hoje “de costas para os rios” (expressão corrente!). É estruturante, capaz de alavancar um novo ciclo de ocupação e desenvolvimento do território, assim como uma nova forma de se planejar e gerenciar, articuladamente, envolvendo diversas unidades do Governo do Estado, dos 39 municípios da RMSP e a sociedade organizada. Digno desta data (República!).
Fonte: http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=73826

Capital sedia seminário e feira sobre logística


Somente em 2011, o setor aquaviário brasileiro movimentou 886 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 5,9% em relação ao ano anterior. Até 2030, de acordo com a Secretaria dos Portos (SEP), a meta é atingir a movimentação de cerca de 2,27 bilhões de toneladas e o transporte de mais de 5 milhões de passageiros. A estimativa, conforme o titular da SEP, Leônidas Cristino, leva em consideração a movimentação comprovada pelo Plano Nacional de Logística Portuária.
Para o cumprimento desta meta, os portos do Nordeste terão uma importante contribuição, uma vez que possuem uma localização geográfica privilegiada em relação aos mercados europeu e norte-americano. Além disso, esses portos possuem um potencial significativo para o desenvolvimento do País.

Por esses fatores, a Região foi escolhida para sediar VII Seminário SEP de Logística e a IV Feira de Tendências de Logística do Norte e Nordeste, que ocorrerão em Fortaleza entre os dias 21 e 23 deste mês. O evento debaterá, dentre outros temas, a importância e a necessidade de integração entre os diversos meios de transportes no País.

Programação

O evento é composto por palestras, apresentações, debates e uma feira com stands de alguns dos maiores representantes do setor, além dos Portos Delegados e Companhias Docas com exposição de produtos, equipamentos e serviços e terá a presença do Ministro dos Portos, Leônidas Cristino em sua programação.

Para a mesa de abertura, a SEP contará com a presença dos Ministérios relacionados com a logística do País, a exemplo do Ministério dos Transportes e a Empresa de Planejamento e Logística (EPL). A iniciativa privada também terá espaço para apresentar seus maiores projetos. A VII edição do seminário conta ainda com a participação dos representantes dos portos de Rotherdam, Marc Evertse e da Zeal de Valparaíso, no Chile, Gonzalo Davagnino.

No dia 23, último dia do evento, os presentes poderão assistir a duas grandes palestras: Ciro Gomes e Gustavo Loyola. No mesmo dia, no período da tarde, serão todos convidados a conhecer o andamento da obra do Terminal Marítimo de Passageiros do Porto de Fortaleza e o funcionamento do projeto Porto Sem Papel, realizados pela Secretaria de Portos com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). (ADJ)

Fonte: Diário do Nordeste (CE)

Setor de logística oferece oportunidades a jovens


O mercado de trabalho para engenheiros se torna, a cada dia, mais abrangente. No setor de engenharia de produção e logística não é diferente. Estudantes que optarem pela profissão terão um leque enorme de possibilidades no mercado. "Toda empresa precisa ter logística, seja ela de qual ramo for. É preciso fazer com que o item produzido chegue ao seu destino de forma segura", avalia Eduardo Linzmayer, professorespecialista em engenharia de produção do Instituto Mauá de Tecnologia, durante palestra no Sesi do bairro Santa Terezinha, em Santo André, para alunos do Ensino Médio. O evento faz parte da Rodada de Palestras sobre profissões do setor de gás e petróleo. A iniciativa é realizada pelo DGABC Pesquisas e patrocinada pela Petrobras. O Diário, o Sesi e o Instituto Mauá apoiam a iniciativa.

Para o diretor do Sesi, Sergio Moretti, essa iniciativa é uma oportunidade de os estudantes terem esclarecimento quanto ao mercado de trabalho e direcioná-los na escolha pela carreira. "É algo esclarecedor. Estamos mostrando áreas de atuação em expansão."
O profissional pode atuar em três áreas: movimentação dos produtos, armazenagem ou na distribuição. "Tanto nas indústrias quanto no comércio. Dentro do setor industrial podemos atuar na área química, petroquímica, civil, eletrétrica, automobilística, alimentícia, e por aí vai", afirma Linzmayer.
Esse engenheiro precisa, basicamente, oferecer condições e preparar projetos que baixem os custos e o tempo para transportar os produtos. "Até que o bem produzido chegue a seu destino, ele é de responsabilidade da empresa. Por isso, encontramos muitos desafios, já que utilizamos meios de transporte como estradas, ferrovias, aeroportos. Há também a preocupação com a questão ambiental", destaca.
É possível atuar também na logística interna, que consiste em transportar o produto dentro da fábrica. "É como nasmontadoras. Os funcionários ficam parados e os maquinários é que transportam as peças dos carros de um lado para outro. O engenheiro precisa administrar todo esse processo", afirma Linzmayer.
Segundo ele, 20% do que as empresas faturam é destinado ao setor de logística. "Somos um País que tem tudo para avançar nessa área", inclusive no setor de exportação, destaca Linzmayer.
Um recém-formado pode ganhar R$ 3.500. "Após três anos, a remuneração dobra. Há seis anos no mercado, esse profissional tem condições de receber R$ 10 mil, em média", descreve o professor.
Fonte: http://www.dgabc.com.br/News/5995271/setor-de-logistica-oferece-oportunidades-a-jovens.aspx

Estudo traça viabilidade econômica da logística reversa no descarte de medicamentos


São Paulo – Os resultados parciais do estudo de viabilidade técnica e econômica para a implementação da logística reversa de medicamentos (devolução dos restos de remédios em pontos de coleta para a destinação apropriada), elaborado pelo Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foram apresentados hoje (22) na capital paulista.
Os dados mostrados durante o seminário RESÍDUOS DE MEDICAMENTOS: OPORTUNIDADES e PARCERIAS, promovido pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (Abdi), em parceira com a Agência Nacional de Vigilância Santiária (Anvisa), apontam soluções para problemas sociais e ambientais ocasionados pelo descarte incorreto de medicamentos vencidos ou não utilizados.
Segundo Célio Hiratuka, professor da Unicamp responsável pela pesquisa, esses resíduos, quando oriundos de domicílios, são habitualmente despejados na rede de esgoto e no lixo comum. “ Isso causa envenenamento acidental de crianças e adultos, abuso intencional [do uso dos remédios] e contaminação da água”, disse.
A logística reversa, já prevista no Decreto nº 7.404/2010, é uma forma de viabilizar a destinação mais correta aos remédios. O programa sugerido pela Unicamp incluiria a criação de uma entidade gestora nacional, sem fins lucrativos, com o papel de repassar recursos e realizar campanhas publicitárias. A execução do programa, que depende de um conhecimento maior das especificidades regionais brasileiras, ficaria a cargo de operadores regionais.
Segundo Hiratuka, o financiamento desse programa seria feito pela indústria farmacêutica, formada por fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes. A entrega dos restos de medicamentos ocorreria nas farmácias, que funcionariam como pontos de coleta. De lá, os resíduos seguiriam para uma destinação ainda não definida. “Existem três alternativas: a incineração, o aterro industrial e o coprocessamento”, informou o professor.
De acordo com as projeções do estudo, o Brasil precisaria coletar 12,6 mil toneladas de resíduos ao ano, em 42,1 mil farmácias espalhadas pelo país. O programa teria uma estratégia de implementação progressiva, priorizando inicialmente as 285 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes. Elas representam 52% dos municípios brasileiros e somam 6,7 mil toneladas de medicamentos descartados ao ano. Pela meta da implementação progressiva, as cidades com mais de 100 mil habitantes precisariam chegar a 100% de coleta até 2017.
Hiratuka explicou que os parâmetros foram baseados em experiências internacionais, como da União Europeia, que tem esse sistema desde 2004. Outros países encontraram alternativas diferentes no recolhimento dos restos de remédios, como o envio dos resíduos por correio ou o recolhimento em datas regulares. Porém, na opinião do professor, é preciso que, no Brasil, seja estabelecido um marco regulatório e institucional para a logística reversa de remédios. “O objetivo [do estudo] é balizar a discussão do acordo setorial”, disse Hiratuka.
De acordo com Silvano Silvério da Costa, secretário de Ambiente Urbano da Secretaria de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, o acordo setorial, que faz parte da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) deverá ser assinado no próximo ano. “A logística reversa deve ser implementada até o final de 2013”, declarou. Ele disse que aprova a proposta apresentada hoje durante o seminário para estabelecer os parâmetros da logística reversa. "Achei adequada para o país e coerente", definiu o secretário.
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-11-22/estudo-traca-viabilidade-economica-da-logistica-reversa-no-descarte-de-medicamentos

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Dilma define pacote para portos e investimento deve beirar R$ 40 bi


Após uma sucessão de dúvidas, a presidente Dilma Rousseff costurou pessoalmente o formato final do pacote de portos, em reunião com um grupo restrito de assessores, no sábado. Amanhã, as medidas para o setor ganharão um último contorno, em nova reunião no Palácio do Planalto. De qualquer modo, as principais diretrizes do pacote foram sacramentadas e Dilma quer fazer um anúncio assim que retornar de viagem programada para a Espanha, no dia 19.


Será, conforme descrição de auxiliares próximos da presidente, um conjunto de medidas "ambicioso" em termos de investimentos e "light" em mudanças do marco regulatório. Ao todo, os investimentos devem ficar muito perto de R$ 40 bilhões, com contratos a serem firmados até 2014. A maior parte dos recursos será aplicada pela iniciativa privada nos primeiros cinco anos. Novos terminais privativos, mesmo sem carga própria preponderante, voltarão a ser autorizados pelo governo. Isso só ocorrerá, no entanto, em locais enquadrados dentro do "planejamento estratégico" da Secretaria de Portos. Há quatro anos, esse tipo de terminal foi banido por decreto, o 6.620/08.



As sete Companhias Docas, responsáveis pela administração de 18 portos públicos, devem passar por um verdadeiro "choque de gestão". O governo se dividiu sobre a criação de uma autoridade nacional portuária, nos moldes da extinta Portobrás, que serviria como uma espécie de holding para centralizar o comando das Docas. Dilma aparentemente foi convencida, por dois auxiliares de sua absoluta confiança, sobre a falta de necessidade e os riscos dessa nova estatal.



Com isso, a mudança nas Docas deverá ser mais cirúrgica: elas terão que assinar contratos de gestão com a Secretaria de Portos, inclusive com salários variáveis para seus diretores, que só receberão remuneração integral caso cumpram todas as metas de desempenho. Por outro lado, para facilitar obras como reformas de berços e ampliação dos canais de acesso, as Docas deverão usar o regime diferenciado de contratações públicas (RDC), que flexibiliza a Lei 8.666/93 (Lei de Licitações) e já tem sido usado com sucesso, na avaliação oficial, por órgãos como a Infraero e pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Está batido o martelo em relação a um ponto que, no entendimento do governo, encarece os custos de fretes e atrapalha a competitividade do país: a atividade de praticagem. Quando chega em um porto brasileiro, o navio é obrigado a contratar os serviços de um profissional, habilitado pela Marinha, que conduz a embarcação. Dados em posse da Casa Civil indicam que o custo da praticagem, nos principais portos do Brasil, chega a ser 2,4 vezes superior à média internacional. Paga-se um preço de US$ 2,2 mil por hora de manobra. Em Hamburgo, esse custo gira em torno de US$ 1,4 mil; em Xangai, não passa de US$ 600.



Para forçar uma redução de tarifas, o governo está convencido a aumentar a oferta de práticos, que são uma espécie de "manobristas" dos portos. Uma comissão interministerial - com a presença da Secretaria de Portos, do Ministério dos Transportes e da Casa Civil - substituirá a Marinha na função de ditar o ritmo de formação desses profissionais, bem como os requisitos mínimos para ganhar a habilitação.



Outra instituição bastante tradicional nos portos, os conselhos de autoridade portuária (CAP), vão perder a atribuição de homologar tarifas e planejar o arrendamento de novas áreas. Na avaliação do Palácio do Planalto, a composição paritária dos conselhos (governo, operadores, usuários e trabalhadores) gera conflito de interesses e inviabiliza a administração eficiente dos portos. A partir da reforma do setor portuário, com o anúncio do pacote, os conselhos funcionarão apenas em caráter consultivo.



O pacote inaugurará o modelo de concessões no setor, com o terminal de contêineres de Manaus e o Porto Sul da Bahia, em Ilhéus. O primeiro deverá movimentar 665 mil TEUs (tamanho padrão de contêiner intermodal de 20 pés), com investimento de R$ 450 milhões, e ficará em uma área da antiga Siderúrgica do Estado do Amazonas (Siderama). Já recebeu licença ambiental prévia e tem condições de estrear o novo sistema, no qual a iniciativa privada se responsabilizará tanto pela administração quanto pela operação do porto.



O empreendimento em Ilhéus, que escoará produtos transportados pela Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), está em fase final do processo de licenciamento ambiental e será incluído na lista de concessões. O mesmo deve ocorrer com o Porto de Águas Profundas, no Espírito Santos, em estágio menos avançado. Finalmente, o Porto de Imbituba, único porto organizado inteiramente nas mãos do setor privado hoje em dia, tem seu contrato vencendo no fim de 2012 e sua concessão será relicitada.



Um dos grandes destaques do pacote será o anúncio de licitação de novos terminais, em área pública dentro dos portos, para operação pela iniciativa privada. É o caso do Terminal do Meio, em Itaguaí (RJ), assim chamado por estar entre os terminais da Vale e da CSN. Ele deverá ter capacidade para movimentar pelo menos 24 milhões de toneladas de granéis sólidos por ano.



A maior indefinição fica por conta de terminais públicos arrendados antes da Lei 9.630 (Lei dos Portos) e com contratos vencidos ou por vencer nos próximos meses. O governo já havia firmado convicção em relicitá-los. Depois, voltou atrás e passou a considerar uma "repactuação" dos contratos, por até 25 anos. A tendência agora é de relicitação, com algumas possíveis exceções.



Com todos os investimentos feitos, o Palácio do Planalto está confiante em atender à crescente demanda nos portos brasileiros, que subirá de 258 milhões para 975 milhões de toneladas, entre 2009 e 2030, segundo o Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP), o estudo contratado pelo governo para subsidiar todas as discussões do pacote.



Fonte: Valor Econômico