quarta-feira, 29 de maio de 2013

Oportunidades de negócios na logística reversa

Desde a sanção da Lei Nacional de Resíduos Sólidos, muito tenho ouvido falar de logística reversa. Muito ouço falar, pouco vejo de ação. O grande dilema que se coloca na questão é o custo que a logística reversa pode acarretar para as empresas que, obviamente, repassarão para o produto final. Quem paga a conta? Nós, obviamente. Acontece que por conta desta visão simplista da coisa, deixa-se de pensar em investir em um segmento cheio de oportunidade de negócios para todos. 
Antes de entrar no assunto, vamos recapitular o que já foi escrito aqui anteriormente. Logística reversa é um processo que cuida do fluxo de produtos, embalagens, ou qualquer outro tipo de material, desde o local de consumo até o ponto de origem. Ou seja, o inverso da logística corrente. Ela coloca o fabricante como responsável pelo ciclo de vida de um produto, já que estes são depreciados com o tempo, param de funcionar, ou simplesmente ficam obsoletos.
Pensando nas oportunidades, com a logística reversa, a indústria da reciclagem ganha status de protagonista no processo. Se pensarmos que esse mercado (o de reciclagem) está na casa dos bilhões e que esses bilhões gerados hoje não são nem 10% do potencial que temos, posso dizer que, sim, é um baita mercado. Além disso, o conceito de reutilização ganhará força, permitindo sobrevida a uma série de peças e equipamentos que, muitas vezes, são deixados de lado pela tal obsolescência programada.
Não podemos deixar de mencionar que a aplicação da logística reversa exigirá das empresas uma melhor gestão da área de supply chain. Aqui não caberá espaço para má gestão, desperdício de tempo e dinheiro. Os processos terão de ser mais eficientes e mais sustentáveis. Profissionais da área com o viés da sustentabilidade terão mais espaço e, certamente, muitas contratações serão feitas.
Mesmo com todo potencial de ganho, e independente da visão só focada em custo, é inegável que haverá um repasse para os consumidores. Na Europa, por exemplo, a conta é repartida e o valor vem descriminado na nota fiscal. Sobre esse aspecto, a maior oportunidade que vejo é a possibilidade de aumento na consciência do consumo responsável, principalmente dos equipamentos eletrônicos. Ao contrário do que a indústria quer nos fazer acreditar, eles não são bens descartáveis que deixam de ser funcionais com o lançamento de um mais modelo mais novo.

Logística reversa: qual é o papel de cada um com o lixo?

Um dos principais pontos da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), a logística reversa, que prevê a responsabilidade compartilhada na gestão dos resíduos sólidos, envolve governos, fabricantes, comerciantes, distribuidores, importadores e os demais cidadãos. Mas a atribuição de cada membro da sociedade ainda não parece clara para muita gente.
Em audiência púbica na Câmara dos Deputados realizada na terça-feira, 28 de maio, a diretora de ambiente urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Zilda Veloso, explicou como se dá a responsabilidade compartilhada na gestão dos resíduos sólidos, conforme determina a PNRS (lei nº 12.350), aprovada em 2010.
“Nós estamos tratando de uma lei que ficou quase 20 anos tramitando no Congresso Nacional e não foi à toa. Ela traz uma mudança de postura do cidadão comum aos empresários”, destacou Veloso.
Ela lembrou que a lei também é importante para tentar mudar uma cultura histórica de enterrar o lixo, o que ajudaria a reduzir os impactos negativos no meio ambiente e à saúde por conta da gestão inadequada.
Sobre a responsabilidade compartilhada que a logística reversa exige, a diretora lembrou que todos possuem atribuições individualizadas e encadeadas. “Para o consumidor, pede-se o descarte correto dos produtos; aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes o procedimento da logística reversa e aos municípios a limpeza pública e o manejo dos resíduos”, enfatizou.
De acordo com a lei em vigor, a logística reversa até agora é obrigatória nas seguintes cadeias produtivas: agrotóxicos, seus resíduos e embalagens; pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; produtos eletroeletrônicos e seus componentes, além de produtos comercializados em embalagens plásticas, metálicas ou de vidro.
Para viabilizar e ampliar o procedimento, estão sendo feitos outros acordos setoriais, que são atos contratuais firmados entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto. “O acordo é uma oportunidade de negociação”, enfatizou a representante do MMA durante a audiência.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

As principais áreas de atuação e atribuições da Logística


A área de Logística anda em contínua expansão, pois possui vários segmentos nas áreas de atuação e possui atribuições específicas para cada uma, como:
  • Transporte aéreo: Responsável por transportar passageiros aos seus destinos e movimentações de cargas;
  • Transporte ferroviário: São transportadas diariamente, várias toneladas de diversos materiais ligados às construções e/ou reformas de estações;
  • Distribuição: Neste caso, primeiramente é calculada a distância, percurso e combustível (se houver frota disponível) gastos no processo, se o item será viável ou não no transporte ao local de entrega, podendo ser alimento, matéria-prima, objetos frágeis entre outros;
  • Armazenagem e estoque: Muitos centros de logística movimentam materiais em geral aonde são armazenados dentro do almoxarifado, gerando estoque e são repassados conforme aos pedidos feitos por clientes;
Para cada tipo, uma demanda no qual irá gerar carga horária de quando foi pedido, aonde e quando será entregue. É muito importante o profissional de logística responsável tomar cuidado com todos os fatores possíveis antes da expedição para não gerar custos de cargas paradas, evitar caminhos longos na entrega por questões de combustível e segurança e também ter controle sobre o tempo com produtos perecíveis.
Se for para entregar para fora do estado, uma medida bem utilizada para isso e que não gera custos ao profissional, é de enviar através dos correios. Outras empresas terceirizam ao contratar alguma outra responsável de que faça a distribuição no seu lugar, deste jeito, qualquer problema que tiver é uma preocupação a menos e uma cobrança será por parte da mesma.
Mas nem só de transporte vive a Logística, pois é um setor que possui grande responsabilidade nas tomadas de decisões como cuidar do planejamento de controle de produção, fórmulas e manipulações de remédios, infraestrutura e ser a favor da sustentabilidade ao usar recursos naturais. 
Neste caso é necessário fazer o planejamento para usufruir o máximo possível no serviço e evitar qualquer desperdício que possa gerar atraso, falta de movimentação de estoque, erros na produção e demais falhas que possam comprometer a empresa, para que tudo dê certo, o tempo e a previsão de quando o serviço estará concluído são de suma importância.
Um exemplo de Logística em constante evolução é o de telefonia, pois existe planos fixos e móveis, secretária eletrônica e serviços de acesso à internet. No caso de telefonia móvel, diversos modelos de telefones celulares estão disponíveis a venda com seus recursos e todos atuais já vêm com secretária eletrônica via mensagem SMS, acesso a internet via Wi-Fi e 3G, agenda, aplicativos, entre outros. Nesse exemplo, o planejamento de seus produtos, como e aonde serão distribuídos e o que cada modelo tem a oferecer aos consumidores somados com a organização de trabalho forma a Logística.

Indústrias de soja amargam margens reduzidas pela logística



Indústrias que processam e exportam soja no Brasil podem ter margens de lucro perto de zero ou negativas neste ano, afetadas por elevados custos de logística, disse nesta quarta-feira um representante do setor.
"Dependendo do tamanho dos problemas que as empresas tiveram no porto, a conta pode ser alta. Mas não acredito que serão prejuízos astronômicos. Vamos chegar muito perto de zero. Algumas (empresas) realmente podem ter complicações, porque foi realmente um custo que apareceu, caiu do céu", disse à Reuters o presidente do Conselho da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais, Manoel Pereira.
O esmagamento e a exportação de soja no Brasil são dominados por gigantes globais, algumas de capital fechado, como a Cargill e a Louis Dreyfus , ou com ações negociadas na bolsa de Nova York, como a Archer Daniels Midland ou a Bunge, e nenhuma empresa do setor tem revelado publicamente os resultados operacionais em uma temporada marcada por fretes rodoviários mais caros, acesso complicado nos portos e fila de navios.
Uma safra recorde de soja está sendo finalizada no Brasil, estimada em mais de 80 milhões de toneladas, com exportações de 37 milhões de toneladas, segundo dados oficiais.
Pereira afirma que o principal problema nos últimos meses têm sido o custo de frete rodoviário, que subiu acima do esperado no segundo semestre, com a entrada em vigor da chamada Lei do Caminhoneiro, que restringiu a carga horária e, portanto, a disponibilidade de motoristas.
"Como as indústrias compraram antecipadamente a safra dos produtores, por volta de abril, maio, junho de 2012, nós já tínhamos adquirido grande parte da safra dos produtores. (...) Aquilo (alta no frete) que se previa em 15 por cento, passou para 30, 40 por cento. Consequentemente, esse prejuízo, quem levou, foram as indústrias."
Segundo Pereira, que responde pela diretoria de grãos da Algar Agro, as negociações de soja para a temporada 2013/14 --que começa a ser plantada em setembro e será colhida nos primeiros meses do ano que vem-- estão lentas e os novos patamares de custos serão repassados aos produtores.
"Não há dúvida que daqui para a frente, isso (impacto dos custos) vai começar a ser repassado para preços. Tanto que você vê atualmente que a maior parte das indústrias está bem calma na questão das compras para 2014. Porque estão equacionando: a maior pergunta é qual será o preço do frete."
CAOS NOS PORTOS
Além do frete, os custos com gargalos nos portos estão sendo dimensionados pelas indústrias exportadoras. O cálculo, no entanto, é mais complexo.
"Cada indústria tem sua conta", ressaltou Pereira.
No início do escoamento da safra, a partir de março, os portos brasileiros registraram filas de caminhões, com dificuldade de descarregar, e espera de navios em alguns portos, devido à lentidão nos embarques.
"O fluxo acaba sendo retardado. Entram estadias, são armazéns que deveriam ter um giro e não conseguem esvaziar, é acúmulo de safra", avaliou o presidente do Conselho da Abiove, lembrando que esses prejuízos com o gargalo logístico são mais difíceis de serem computados imediatamente.
Além desses entraves, outro custo que está sendo absorvido pelas indústrias é o "demurrage", multa paga aos armadores --proprietários dos navios-- por cada dia que o navio fica ancorado além do previsto, esperando para carregar.
"As empresas vão distribuir um pouco melhor os seus embarques. A conta de 'demurrage', que pode ser de 18 a 30 mil dólares (por dia), foi muito grande nessa safra."
EMBARQUES ACELERADOS
O clima mais seco em abril e maio --que permite que os porões dos navios permaneçam abertos-- e um esforço de instituições federais para fazer a liberação burocrática das cargas 24 horas por dia vem ajudando a reduzir os atrasos.
"O tempo ajudou muito, acelerou os embarques, tanto que o volume de carregamento nos portos foi impressionante. As medidas que o governo tomou, de giro de 24 horas tiveram efeito. Esse é um sistema que veio para ficar, tem que ficar", avaliou Pereira, referindo-se à operação Porto 24 Horas, a partir do início de maio.
Os embarques de soja do Brasil em maio somaram 5,07 milhões de toneladas nas primeiras três semanas do mês e se encaminham para um recorde mensal, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O ritmo diário de embarques em maio está acima da média de abril, mês em que o país exportou 7,15 milhões de toneladas de soja, bem perto da marca histórica de 7,28 milhões de toneladas, registrada em maio de 2012.
SAFRINHA
A chegada de uma "safrinha" de milho com volume recorde, nos próximos meses, deve adicionar complicadores à logística de grãos no país.
A avaliação de Pereira é que os exportadores, com espaço limitado para movimentar as cargas, priorizem a soja --mais remuneradora-- em detrimento do milho.
"É capaz que o milho fique na retaguarda. Os compradores de milho tendem a fazer contas e isso terá impacto nos preços. Você já vê isso em Mato Grosso. Tem notícia que a saca de milho é 10 reais e o custo (total de produção) é de 13 reais", disse Pereira, avaliando que muitas cargas do cereal ficarão nas regiões de origem, gerando excedente e queda nos preços.
Já o milho que chegar aos portos vai competir por espaço com a soja.
"O caos diminuiu um pouco agora, mas ele vai continuar quando a próxima safrinha de milho começar a vir agora, depois de agosto", ponderou. "Nós não teremos facilidade a nível de portos neste ano."
A estimativa do governo federal é de plantio de 1 milhão de hectares a mais com milho de segunda safra este ano, com uma colheita que deverá quebrar recorde mais uma vez, ultrapassando 43 milhões de toneladas.



quarta-feira, 22 de maio de 2013

Economia e o mercado de trabalho para o profissional de logística


A economia em nosso país vem crescendo cada dia e nosso mercado de trabalho exige comprometimento das pessoas em se especializar profissionalmente na área em que deseja.

Nosso mercado de trabalho depende as nossa economia mundial estar em alta para que os trabalhos apareçam em todo contexto do mundo.
Mas não basta ter as chances de trabalho e sim buscar conhecimento na área desejável se especializar em graduação ou técnico, é importante para seu profissionalismo.
Hoje em dia o estudo é essencial para se manter em empresas o mercado de trabalho e a economia empresarial exige, que pessoas estudem, quanto mais estudos melhor, a empresa para qual e contratada não tem a omissão de pagar cursos profissionalizantes, o que as empresas pede é que você que busca entrar no mercado de trabalho preparado para assumir o cargo desejado.
Para o profissional de logística cabe buscar conhecimentos internos e colocar em prática todos. Existe um projeto criado a duas décadas chamado Lean Logístic (ou logística enxuta) vem detectar e eliminar todas as perdas e desperdícios em seus processos de manufatura, reduzindo custos e maximizando os lucros fazendo e a economia de tudo que entra ao seu consumo.
Como profissional de logística vejo que está área contribui para a criação de uma maior competitividade da economia brasileira, só cabe a nós procurar o melhor para nossa imagem profissional estudando e buscando novos conhecimentos. Na logística as exigências são cada vez maiores e vão desde a formação especificada na área. Vejo que o mercado logístico quer um perfil dinâmico e que absorvam de maneira instantânea, as rápidas mudanças técnicas, sociais e econômicas. Um perfil flexível e de novos conhecimentos principalmente nas questões de soluções que envolva tecnologia e redução de custo tanto no meio ambiente quanto e na área financeira e econômica de uma empresa.
Neste mercado cada vez mais competitivo, as empresas desejam contratar profissionais com qualificações que lhe possibilitem executar as tarefas para as quais foram contratadas com muita personalidade, rapidez e qualidade.
Sendo assim como profissionais nesta área devemos sempre estar atentos e preparados a mudanças, ser flexível, e estar sempre aprimorando nossos conhecimentos, dedicando-se para efetuarmos os trabalhos perfeito e com qualidade.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Edital para logística reversa de medicamentos deve sair até julho


Brasília – O governo federal deve publicar o edital para a implantação da logística reversa de medicamentos até julho. O texto foi concluído na semana passada pelo grupo responsável por esse sistema. A logística reversa é o processo de devolução e de tratamento ambientalmente adequado para os resíduos de alguns setores produtivos, como o de embalagens de agrotóxicos, pilhas, baterias, pneus e óleos lubrificantes. A medida foi incluída na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), criada quase oito anos depois do sistema para balizar medidas de consumo sustentável, redução dos impactos ambientais e geração de emprego e renda.
Apenas dois setores avançaram mais significativamente. O sistema envolvendo embalagens de agrotóxicos, um dos primeiros a aderir à logística reversa, já coleciona resultados como o recolhimento e o tratamento de 250 mil toneladas de embalagens. O setor de embalagens plásticas de óleos lubrificantes fechou o acordo em dezembro do ano passado, mas a indústria, o comércio e os consumidores ainda não têm resultados consolidados.
Os representantes do Comitê Orientador para Implementação da Logística Reversa e da consultoria jurídica do Ministério do Meio Ambiente (MMA) agora trabalham na expectativa de consolidar, nas próximas semanas, o acordo da gestão pós-consumo dos setores de lâmpadas e de embalagens em geral, que inclui bens de consumo como embalagens de comidas e bebidas.
“Recebemos três ou quatro propostas e vamos negociar com todos (associações representativas de cada setor que apresentaram as propostas). Quando tivermos o texto consolidado, colocamos em consulta pública para que qualquer pessoa possa dar sugestões”, explicou a arquiteta Zilda Veloso, diretora de Ambiente Urbano do MMA.
Zilda Veloso lembrou ainda que o edital para a indústria de eletroeletrônicos está em consulta pública desde o último dia 13 de fevereiro. Segundo ela, até o dia 22 de junho qualquer brasileiro pode contribuir com a proposta no site http://www.sinir.gov.br.
A elaboração desses textos acaba se baseando em experiências positivas, como a do setor de agrotóxicos. Mensalmente o sistema Campo Limpo, formado por fabricantes de agrotóxicos, por representantes do comércio e agricultores, vem batendo recordes de recolhimento de embalagens no campo. Zilda Velos destacou que, hoje, 90% do que é produzido em embalagens pela indústria é recolhido pelo sistema.

Segundo o diretor-presidente do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), João Cesar Rando, o crescimento acompanha o mesmo ritmo da intensificação do uso de agrotóxicos em função do aumento da atividade agrícola em algumas regiões do país.
“Hoje esse sistema chegou à maturidade e temos nove recicladores distribuídos em alguns estados (Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro) para otimizar a logística e temos o sistema de recolhimento itinerante, que responde por 12% a 15% do total de embalagens recolhidas”, disse ele.
Rando explicou que os outros setores estão avançando, apesar de alguns fabricantes enfrentarem dificuldades para implantar o sistema, principalmente os que envolvem vários itens, como é o caso dos eletroeletrônicos. Ainda assim, o representante do instituto disse que a PNRS impulsionou a logística reversa no país que, até então, era regulada pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).
Ainda existem pontos que precisam ser trabalhados. “O sistema depende do quanto os governos estão preparados para implantar, por exemplo, o sistema de coleta seletiva, um processo oneroso, que demanda recursos e planejamento. As pontas precisam se encontrar. É um desafio tirar isso tudo do meio ambiente e é um desafio igual encontrar formas sobre o que fazer com esse material”, disse ele, lembrando que cidades como São Paulo produzem mais de 10 mil toneladas de lixo diariamente.

Empresários esperam investimentos em infraestrutura e logística em MS


O governo federal vem adotando medidas para impulsionar o setor industrial no país, como a redução dos custos da energia elétrica e a diminuição na carga de impostos sobre os funcionários. Veja na reportagem do Bom Dia MS desta segunda-feira como os empresários emMato Grosso do Sul estão percebendo esses incentivos na prática.
A taxa de 20% paga ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), através do desconto na folha de pagamento, foi substituída por um percentual que varia de 1 a 2% sobre o faturamento das empresas. O reflexo disso é uma redução de até 10% nos encargos previdenciários.
A energia elétrica consumida pelas empresas também continua sendo, de acordo com representantes do setor, um dos principais entraves. No início deste ano, os empresários perceberam uma redução mensal de até 27% nos custos. Outra medida de incentivo ao setor, concedida pelo governo estadual, é a prorrogação por mais 15 anos dos benefícios fiscais concedidos às indústrias do estado. Isso inclui algumas exigências, como ampliação das atividades e planos de sustentabilidade ambiental.
Segundo o diretor corporativo da Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul (Fiems), Jaime Verruck, além dos incentivos que já foram colocados em prática pelo governo, os empresários esperam novas medidas. "A longo prazo, precisamos focar em infraestrutura, melhorando rodovias, portos e logística, de forma que se reduza o custo das exportações", diz.
O Produto Interno Bruto (PIB) industrial do estado subiu de R$ 9,8 bilhões em 2011 para R$ 10,3 bilhões em 2012, um aumento de 5,1%.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Em ano de recordes, exportador perde US$1 bi por logística

O agronegócio do Brasil exportará em 2013 volumes recordes do seu principal produto, a soja, mas o setor exportador de grãos amargará gastos extras de mais de 1 bilhão de dólares, por conta dos problemas de logística e infraestrutura do país.
A avaliação é da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), que reúne as principais tradings do setor, num ano em que as exportações de soja deverão atingir uma máxima histórica de mais de 38 milhões de toneladas, aumento de quase 20 por cento ante a temporada anterior.
Grandes volumes que poderiam representar ganhos, para um setor que lucra com a escala das movimentações, entretanto, têm significado perdas em muitos casos este ano, considerando multas contratuais por atrasos nos embarques de grãos (demurrage) nos portos brasileiros e também custos maiores que os estimados no transporte rodoviário.
"É o pior dos anos em função da demurrage (valor pago pelo exportador pela sobre-estadia do navio) e de perdas nos transportes terrestres", disse à Reuters o diretor-geral da Anec, Sérgio Mendes. "Apesar das exportações todas, nunca se perdeu tanto dinheiro."
Além disso, segundo ele, a despesa das tradings com o frete de caminhões --principal meio de transporte de grãos até os portos-- excedeu "em muito" o que se previa quando o exportador fechou os contratos com o agricultor.
"Isso, somando as perdas de frete com mais a demurrage, a gente acredita que deve ultrapassar 1 bilhão de dólares no ano."
O valor estimado para as perdas representa mais de 4 por cento da receita com as exportações do Brasil de soja e milho no ano passado, que somaram 22,8 bilhões de dólares, segundo dados do governo brasileiro.
Em alguns casos, o custo da demurrage, que varia entre 15 a 20 mil dólares por dia, acaba saindo em cerca de 600 mil dólares por embarcação, considerando o custo de todos os dias que a carga levou para ser embarcada, além do planejado.
A situação atual de atrasos é pior, atualmente, no porto de Paranaguá (PR), uma referência de embarques agrícolas do Brasil, onde os navios levam cerca de 60 dias para atracar, disse o diretor da Anec.
Os atrasos ocorrem em função da fila de embarcações num ano de safra recorde do Brasil e demanda extremamente concentrada pela soja brasileira, após a quebra de safra nos Estados Unidos, tradicionalmente os maiores exportadores globais. Clique no "link" e veja a programação dos navios nos portos brasileiros.
No caso dos portos, o diretor da Anec diz que a atual infraestrutura de Paranaguá não é "capaz de vencer" o atraso.
Ele citou ainda problemas como a falta de equipamentos adequados para agilizar as exportações. Nos portos brasileiros, não há, por exemplo, cobertura de porões dos navios nos berços de atracação, o que impede o procedimento de embarques quando chove.
Além disso, disse Mendes, outros fatores que colaboram para o atraso, como a demora para a retomada das atividades de embarque toda vez que se troca um turno de trabalhadores.
Esses fatores, destacou o executivo, são questões práticas e paralelas às discussões da MP dos Portos, aprovada nesta semana no Congresso, que poderiam ser resolvidas independentemente de um novo marco regulatório que visa modernizar o setor.
No caso do transporte rodoviário, a nova lei dos motoristas colaborou para elevar o frete ainda mais, num ano de safra recorde, uma vez que reduziu o número de horas que cada profissional pode trabalhar sem descanso.
"A lei do motorista aumentou o frete, todo mundo quer o descanso do motorista, só que eu quero alternativa para transportar".

Especialista espanhol critica logística brasileira para resíduos eletrônicos


O Brasil enfrenta problemas de logística para o tratamento dos resíduos eletrônicos, declarou nesta quarta-feira o especialista espanhol José Ramón Carbajosa, presidente do WEEE Fórum e diretor da Fundação Ecolec.
"O problema operacional no Brasil, principalmente, é o da logística, pois o país não conta com um verdadeiro sistema ferroviário e os portos estão saturados", assinalou Carbajosa.
Segundo Carbajosa, no Brasil é mais barato realizar o tratamento de uma geladeira desprezada nas capitais do litoral nordeste, como Recife e Natal, em uma cidade espanhola como Tenerife, que no moderno centro de reciclagem para esses eletrodomésticos em São Paulo.
Carbajosa participa do IV Fórum Internacional de Logística Reversa de São Paulo, que reúne entre hoje e amanhã especialistas sobre "logística reversa" de pós-venda e pós-consumo, como se conhece o setor de reciclagem de produtos eletrônicos.
O especialista apresentará amanhã durante o fórum o projeto WEEE Trace, uma iniciativa de "eco-inovação" aplicada na Europa para aumentar a quantidade de resíduos eletrônicos administrados por um sistema de controle.
"É uma proposta para a indústria brasileira, que tem problemas no sistema de recolhimento e deve incluir todos os agentes, partindo dos sucateiros, e canalizar todo o processo de uma forma adequada", explicou Carbajosa.
O projeto na Europa, que conta com um moderno sistema de monitoração dos resíduos da cadeia produtiva, tem uma duração de 36 meses, até julho de 2014, e 50% do financiamento corre a cargo da União Europeia (UE).
Para o espanhol, os oito anos de vantagem da Europa nesse tema, inclusive com os problemas nos países do sul desse continente, como Espanha, Portugal e Itália, podem encurtar-se no Brasil com um acordo setorial e a implementação da legislação proposta em 2010, que deve ser regulamentada nos próximos dias.
Por exemplo, em 2011, citou Carbajosa, o mercado espanhol produziu 664.900 toneladas de resíduos de aparelhos eletrônicos, mas apenas 30% receberam um tratamento adequado, situação que deixa um vazio e põe em risco à saúde pública.