terça-feira, 16 de outubro de 2012

Transporte fluvial comprometido devido ao baixo nível do Rio Madeira em Porto Velho


Portal Ponta do Abunã
As balsas que transportam combustível de Manaus, AM, para Rondônia, Acre e norte do Mato Grosso viajam com 60% da carga devido ao baixo nível do Rio Madeira em Porto Velho. A profundidade em alguns pontos do rio não atinge os três metros em virtude do longo período de estiagem na região. A alternativa encontrada pelos revendedores de combustível foi buscar o produto via terrestre em São Paulo, fator que aumenta o valor para o consumidor. A Marinha e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) já mapearam 32 pontos críticos de navegação.
De acordo com Volmir Ramos, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Devirados de Petróleo e Lubrificantes do Estado de Rondônia (Sindipetro-RO), o transporte via terreste deixa o frete mais caro e eleva o valor para o consumidor. “Certamente encarece, porque já tivemos um repasse de R$ 0,10 na gasolina para os revendedores e para o consumidor houve um repasse de R$ 0,05”, afirma Volmir.
Paulo César Machado, capitão de portos da Amazônia Ocidental, explica que neste ano a seca está mais rigorosa. “Os pontos críticos estão mais assoreados. Os navegantes reclamam e temos comprovado em virtude do maior número de encalhes que os pontos críticos estão bem mais difíceis", alerta o capitão.
Pelo Rio Madeira são transportados por ano três bilhões de litros de combustível e cinco toneladas de outros produtos, principalmente soja. A existência de vários bancos de areia e troncos de árvores tornam o transporte mais difícil também para mais de 40 mil pessoas por ano.
Manoel Torquato de Souza, piloto fluvial há mais de 30 anos, comenta a dificuldade da navegação: "É preciso conhecer o rio. Mesmo assim, todos os anos a praia aparece em um lugar diferente. Esse ano está desse lado, no outro está no meio, depois do outro lado. Mas nós localizamos",  diz o piloto.

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