segunda-feira, 30 de julho de 2012

Logística avança em Mato Grosso


A soja em grão produzida em Mato Grosso começa a diversificar seu caminho para o mercado externo. Antes refém dos portos de Santos e Paranaguá, com alguma coisa saindo por São Francisco do Sul (SC) – levada de caminhão -, hoje conta com outras alternativas – como a saída pela hidrovia do rio Madeira, a partir de Porto Velho (RO), por Santarém (PA), Vitória (ES) e São Luís (MA).

Os principais volumes ainda seguem para Santos – 5.553.245 toneladas nesta safra (90% por trem a partir de Alto Araguaia (MT) – e Paranaguá – 913.391 ton -, mas a saída pelo Madeira, com base em Manaus, já alcança 850.348 toneladas; por Vitória 586.043 ton; Santarém 393.168 ton, São Francisco do Sul 311.419 e São Luís 174.544. O porto de Rio Grande (RS) escoa 17.461 toneladas de soja do estado.

O avanço de Santarém deve-se à pavimentação em curso da BR 163, que corta a principal região produtora de Mato Grosso e segue até a cidade paraense. Também há investimentos portuários em Miritituba (PA), no rio Tapajós, que dividirá as cargas com Santarém. O avanço da agricultura no Vale do Araguaia, por sua vez, viabiliza o envio de parte da safra para o porto de São Luís, pegando carona na ferrovia Norte-Sul. E a ferrovia Vicente Vuolo, que avança pelo sul de Mato Grosso rumo a Rondonópolis, leva o grosso da safra para o porto de Santos.

A criação dessas alternativas de escoamento – que se refletem positivamente na rentabilidade das lavouras do Estado, ao reduzir o custo do frete – deve-se a um consistente movimento dos produtores mato-grossenses, que se organizaram em entidades representativas como a Associação dos Produtores de Algodão (Ampa), Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) e Associação dos Criadores (Acrimat). As organizações uniram esforços – e recursos – para atuar junto aos governos do estado e federal na viabilização dos caminhos da safra. Estão conseguindo, ainda que a velocidade de execução dos projetos seja menor que a desejada. As associações acabaram por revitalizar as diversas representações de produtores em todo o país, para o bem do agronegócio.


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