Mas o que significa logística sustentável? Como usuário de logística,
a logística sustentável está na direção de entregar o produto no lugar
contratado, no tempo contratado ou que atenda ao cliente, em perfeitas
condições e a um custo adequado.
Uma outra versão poderia ser:
cumprir a logística da origem ao destino, ao menor custo usando a
combinação de modais disponíveis, no tempo certo e com o produto em
perfeitas condições com acesso facilitado à informação do transporte.
Mas
o que é sustentável para o transportador? Tenha como exemplo o
transportador rodoviário. É sustentável rodar 3, 4 ou 5.000 km de
estradas onde mais de 50% destas (de acordo com a pesquisa CNT de
Rodovias 2011) têm algum tipo de problema, risco de roubo e acidentes,
altos custos de manutenção do veículo, sem garantias de carga de retorno
a um valor que gere resultado positivo e não somente pague o
combustível? É sustentável que o motorista esteja sujeito aos riscos,
receba da sociedade a carga elevada da sua contribuição pelo índice de
acidentes e mortes nas estradas ao mesmo tempo que fica distante da sua
família?
Em 2012 deverá entrar o CTe , Conhecimento de Transporte
eletrônico no transporte rodoviário. E o que isto vai trazer? A
formalização do transporte. O recolhimento de todos os impostos. É
sustentável pagar todos os tributos, usando estradas ruins, com desgaste
acentuado dos caminhões e falta de motoristas, especialmente nas longas
distâncias?
E o que será que é sustentável para o transportador
de Cabotagem? Uma faceta mostra que transporte acima de 1500 quilômetros
de distância à 200 quilômetros da costa para carga geral,
conteinerizável é um alvo sustentável.
Será que o governo tem um
plano de aplicação mais efetiva dos impostos cobrados com toda a
formalização que está por vir com o CTe? Será que vai construir mais
estradas, na velocidade em que os chineses constroem estradas?
E a sociedade, vai produzir mais motoristas com a situação próxima de pleno emprego?
Sabemos
que estamos longe das condições ideais de logística sustentável. Porém
está ao alcance dos atores da logística nacional tratar de
complementaridades que vão melhorar a rentabilidade no rodoviário e
também da cabotagem.
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