A competitividade de um produto depende da produção, dos impostos e até do transporte ao consumidor. No mercado internacional, as taxas tributárias e cambiais e o valor gasto em logística, além de sua estrutura, são pontos fundamentais no momento de um item levar vantagem. O Brasil ainda tem dificuldades para se posicionar no topo dessa lista, embora o governo brasileiro venha tomando medidas enérgicas.
A taxa de câmbio é um importante fator para manter a competitividade de uma mercadoria. O professor de economia do curso de Administração da ESPM-SP, José Eduardo Amato Balian, analisa que durante do governo do presidente Lula, o real se valorizou, tornando os produtos brasileiros menos atrativos. Balian afirma, contudo, que de alguns anos para cá, a intervenção do governo sobre o câmbio aumentou significativamente. "Nosso câmbio está muito mais para administrado do que livre", diz o professor.
Apesar de ajudar a aumentar a capacidade de competição do produto, a manutenção da taxa de câmbio não é suficiente para melhorar a situação do produto brasileiro no mercado externo. José Eduardo Balian ressalta que a taxa para empresas ainda é muito alta e isso dificulta bastante a exportação e as negociações no próprio mercado interno. Porém, algumas medidas do governo brasileiro já vêm sendo tomadas para simplificar o pagamento de impostos.
Um dos exemplos citados pelo professor é a simplicação do Programa de Integração Social (PIS) e do Contribuição para o Financiamento de Seguridade Social (Cofins) em uma única taxa. "Isso diminui a burocracia interna", afrma Balian. O próximo passo, segundo o professor, seria diminuir as alíquotas. Já com relação ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é esperada uma redução de até 4% ao longo de 10 a 15 anos. "O governo ainda está estudando a possibilidade, mas a ideia é reduzir a taxa gradulamente", diz Balian.
Por último, o professor de economia da ESPM-SP vê a necessidade de uma melhora na estrutura logística brasileira. O custo de logística no Brasil é um dos mais elevados entre os seus competidores. Um dos motivos para isso são as condições de rodovias, portos e aeroportos que estão começando a melhorar lentamente. "Há um caminho longo a percorrer com relação a essa estrutura", observa José Eduardo Balian.
Fonte: http://invertia.terra.com.br/operacoes-cambiais/noticias/0,,OI6415164-EI20362,00-
Impostos+e+logistica+empacam+a+competitividade+do+Brasil.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário