quinta-feira, 20 de junho de 2013

Logística: o lado nada virtual do e-commerce

Toda vez que visito um centro de logística de e-commerce, a primeira coisa que me vem à cabeça é: esse negócio não tem nada de virtual. Um dos principais fatores para o sucesso de uma loja online está ligado ao processo de armazenagem, expedição e entrega dos produtos. Em uma cadeia de varejo convencional, os clientes são os responsáveis em transportar o produto para suas residências. Aqui, estou excluindo os varejistas do setor de eletrodomésticos pesados e móveis, que já conviviam com o desafio da entrega mesmo antes do advento do comércio eletrônico. Ainda assim, tratavam-se de entregas regionalizadas.
O surgimento do e-commerce mudou o relacionamento entre clientes e varejistas. A logística do período “pré e-commerce” tinha como desafio abastecer lojas físicas próprias ou franquias. Um processo bem diferente de separar, embalar, expedir e entregar um único produto para um cliente que pode estar localizado a milhares de quilômetros do Centro de Distribuição (CD) ou loja física mais próxima.
Em função desse novo cenário, decisões como locais de armazenamento, estoque independente para o e-commerce, estoque compartilhado com lojas físicas, ou uma combinação de todos eles estão entre as decisões estratégicas dos Varejistas.
Embora grande parte desta mudança difere de uma empresa para outra, o problema é semelhante para a maioria delas. Não só isso, mas a necessidade de visibilidade sobre todo o processo do chamado multi-canal.
Algumas lojas virtuais ainda buscam o modelo ideal de logística dentro dos seus estoques. Adoção de Software de backoffice, criação ou revisão dos processos, utilização de estantes e esteiras apropriadas, armazenamento eficiente, capacitação das pessoas etc. Outras consideram deixar toda a responsabilidade de recebimento, armazenamento e expedição de seus produtos com uma empresa especializada. Essa pode ser uma boa alternativa, pois uma equipe treinada e experiente organizará, da melhor maneira, toda a logística de sua loja.
Além disso, há um crescente uso de automação dentro de tais instalações. A utilização da robótica também tende a aumentar nestes Centros de Distribuição especializados. O maior exemplo desse tipo de empresa é a norte-americana Kiva Systems, que foi adquirida recentemente pela Amazon.
A verdade é que ao ingressar no e-commerce, os varejistas passam a ter em logística um componente novo no seu custo, que orbita entre 9 % e 12% sobre o valor das  vendas. Portanto, o tema é extremamente importante. Não só pela satisfação da expectativa dos e-consumidores no que tange uma entrega rápida e pontual, mas também pela rentabilidade das operações de comercio eletrônico.
A boa notícia é que o e-commerce tem estimulado não só novos conceitos e ideias dentro da cadeia de suprimentos, mas também novas empresas estão surgindo para enfrentar os desafios logísticos decorrentes da ascensão do varejo online.




Logística reversa deve ganhar força no segundo semestre do ano

Se a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) tem demonstrado visíveis avanços quanto ao descarte adequado em segmentos como os de pilhas e embalagens de agrotóxicos, a área de medicamentos ainda engatinha para implantar a prática. A expectativa é de que esse cenário altere-se a partir de julho, quando o governo federal deve publicar o edital para a implantação da logística reversa no setor de medicamentos.

O presidente-executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma), Nelson Mussolini, salienta que, quando se fala da logística reversa do óleo de cozinha, por exemplo, esse produto tem como característica o fato de poder ser reutilizado. No caso dos remédios, ressalta ele, o reaproveitamento é mais complicado. “O risco sanitário de aproveitar um medicamento vencido ou um remédio que você não sabe como foi armazenado é muito grande”, alerta Mussolini.

O Sindusfarma é uma das entidades  integrantes do Grupo de Trabalho Temático (GTT) de Medicamentos, coordenado pelo Ministério da Saúde. O grupo foi criado com a meta de analisar, estudar e apresentar propostas sobre o descarte de medicamentos, incluindo a realização de estudos de viabilidade técnica, econômica e avaliação dos impactos sociais para a implantação da logística reversa desses produtos. Assim como desenhar um contrato entre os entes dessa cadeia de modo a pautar a responsabilidade compartilhada.

Mussolini diz que os itens mais tóxicos, aplicados em clínicas e hospitais, normalmente são encaminhados de uma forma correta para o descarte, pois são fiscalizados. A questão são os produtos que sobram em casa, que em geral não são tão tóxicos. “Nós, da indústria, temos uma posição muito clara: sim, precisamos fazer alguma coisa, mas temos que estudar com cuidado o que e como fazer”, defende Mussolini. Ele acrescenta que hoje não há uma lei nacional que obrigue as farmácias a receberem os medicamentos de volta. O que existe são iniciativas próprias de algumas redes ou legislações locais, como no Distrito Federal, que determina que esses estabelecimentos recebam dos consumidores os remédios vencidos.

“Atualmente, a maioria das farmácias que recebem os medicamentos de volta o faz, principalmente, por marketing”, afirma Mussolini. O dirigente também salienta que não há levantamentos confiáveis sobre o volume de produtos descartados anualmente. A professora da Faculdade de Farmácia da Ufrgs Louise Seixas acredita que está sendo desenvolvida a consciência quanto ao descarte correto de medicamentos. Segundo ela, as pessoas estão refletindo sobre o problema. “Contudo, ainda há muitos que não pensaram sobre isso”, lamenta. Ela acrescenta que, nos estados e cidades de maior concentração de população, essa situação recebe mais atenção. A professora recorda que muitos usuários colocam os medicamentos vencidos nos vasos sanitários, lixo, enterram, entre outras destinações. A sugestão dela é que o público procure as farmácias que façam o recolhimento dos remédios para se desfazer dos produtos. “O lógico é o usuário devolver o medicamento onde ele adquiriu”, defende.

Louise alerta que o descarte descuidado de remédios pode contaminar a água ou o solo. Ela afirma que há estudos que indicam que anticoncepcionais jogados no Tâmisa, em Londres, podem ter provocado um desequilíbrio entre o número de peixes machos e fêmeas no rio inglês. Louise salienta ainda que o tratamento de esgotos não prevê a remoção dos compostos químicos de medicamentos.

Especialista recomenda cuidar das bulas e caixas de remédios para dificultar fraudes

Não são apenas os medicamentos que devem receber atenção na hora da destinação final. A chefe de serviço de farmácias do Hospital de Clínicas, Simone Mahmud, salienta que as caixas de remédios e as bulas não devem ser descartadas intactas para não serem aproveitadas em eventuais fraudes.

Ela admite que a política da logística reversa dentro da cadeia da indústria farmacêutica é um problema. Simone argumenta que o ideal seria que os produtos vencidos pudessem retornar aos fabricantes, mas, na prática, isso acaba não acontecendo. Ela defende que a população precisa criar a cultura de que o medicamento não deve ser descartado em lixos comuns ou no vaso sanitário. Simone acrescenta que, muitas vezes, esses medicamentos são antibióticos, que terminam por contaminar a água ou o solo, provocando danos à saúde pública. Os de tarja vermelha são mais agressivos, já os de identificação preta envolvem a questão da dependência química. Muitas pessoas que remexem no lixo também sofrem intoxicação por medicamentos.

Ela ainda cita que vacinas precisam receber tratamentos especiais para serem inativadas antes de seguirem para o descarte, já que há vacinas com vírus ativos. No Hospital de Clínicas, é utilizada a autoclave (equipamento que emprega calor e pressão para a esterilização).

Segundo Simone, nos hospitais há um cuidado maior com a gestão de remédios. Ela salienta que no Clínicas, por exemplo, existe a preocupação de otimizar o uso de medicamentos e evitar desperdícios, pois os produtos correspondem de 30% a 40% dos gastos do hospital. Por isso, o volume de medicamentos cuja validade expira não é tão grande. Já quanto aos resíduos biológicos, a engenheira ambiental do Hospital de Clínicas Tainá Flores da Rosa informa que são geradas cerca de 22 toneladas mensais. Ela lembra que o hospital é fiscalizado pela Anvisa e pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam).

Quanto ao público em geral, Tainá acredita que a mentalidade do encaminhamento correto dos medicamentos crescerá na população. “Até porque as crianças estão percebendo isso e influenciarão os pais”, aponta ela. A engenheira ambiental reforça que os princípios dos medicamentos jogados no vaso sanitário tendem a permanecer na água mesmo quando o líquido passa, posteriormente, por uma estação de tratamento. Ela diz que, a longo prazo, não há certeza sobre os danos que isso pode causar aos seres humanos.

Tainá chama a atenção para outros elementos como o formol, utilizado em salões de beleza, que contribui para outros impactos no meio ambiente. Ela revela que um hospital do porte do Clínicas gera em torno de 100 a 200 litros de formol por semana, que precisam ser destinados de forma correta. “A gente não coloca na rede de esgoto, mas e os salões de beleza e outros estabelecimentos que utilizam esse produto e não fazem o descarte adequado?”, observa Tainá. A engenheira ambiental comenta ainda que muitos diabéticos usam insulina e não sabem o que fazer com a seringa. Ela adverte que não se deve tratar o material como resíduo comum, e a orientação é guardá-lo em um vasilhame, como uma lata, garrafa PET, caixa de leite ou qualquer material que seja rígido, e levá-lo a um posto de saúde.

Panvel aderiu ao programa de destinação correta de remédios

Leonor explica que medicamentos descartados em um dos 71 pontos da Panvel são recolhidos por uma empresa licenciada que dá a eles a destinação correta.
PANVEL/DIVULGAÇÃO/JC
Ainda que não haja uma legislação nacional sobre a destinação dos medicamentos, iniciativas voluntárias envolvendo farmácias, hospitais, clínicas e universidades são adotadas cada vez mais. Uma dessas ações é o programa Descarte Consciente. O presidente da BHS Brasil Health Service, José Francisco Roxo, informa que o programa é desenvolvido hoje nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Ceará, Pernambuco, Bahia e Espírito Santo.

A empresa é a responsável pelo desenvolvimento do equipamento Ecomed (Estação Coletora de Medicamentos), utilizado pela iniciativa. O equipamento assemelha-se a um caixa eletrônico, no qual a pessoa deposita o remédio e a embalagem que serão descartados. A máquina conta também com um leitor de código de barra para identificação dos produtos. Podem ser colocados nas estações comprimidos, pomadas, líquidos, sprays, caixas e bulas. O projeto é uma parceria entre a indústria farmacêutica, varejo e BHS. Além de produzir as estações, a companhia treina os farmacêuticos e cobra uma mensalidade da farmácia. De acordo com o empresário, há cerca de 350 equipamentos Ecomeds funcionando no Brasil.

A rede gaúcha de farmácias Panvel é um dos grupos que participa da programa. A farmacêutica Leonor Pinto Moura informa que a companhia tem atualmente 71 lojas operando com pontos de coleta de medicamentos vencidos ou que precisam ser descartados. Ela explica que, após o cliente realizar a entrega do remédio, uma empresa licenciada recolhe esses produtos nos estabelecimentos e os transporta até o local de destinação final, que pode ser um aterro para resíduos perigosos ou incineradores. “No caso do Rio Grande do Sul, os resíduos são aterrados, pois não temos incineradores licenciados para esse fim”, acrescenta.

O programa Descarte Consciente surgiu no final de 2010 e até hoje já respondeu pela coleta de aproximadamente 40 toneladas de medicamentos. Os resultados da iniciativa podem ser acompanhados pelo site www.descarteconsciente.com.br, pela ferramenta preservômetro, assim como os endereços dos pontos de coletas no País. O presidente da BHS Brasil Health Service enfatiza a importância de uma destinação adequada dos remédios. Conforme o dirigente, cada quilo de medicamento mal descartado pode poluir 450 mil litros de água. “As pessoas ficam chocadas quando descobrem esse dado”, diz Roxo.

Aborgama faz tratamento de resíduos produzidos por hospitais

A gestão dos medicamentos adquiridos pela população é um tema ainda novo, mas a logística envolvida com resíduos hospitalares e de clínicas é algo já consolidado e uma oportunidade de lucro e crescimento nessa cadeia. Uma prova disso é a Aborgama, empresa de origem uruguaia que em 2003 inaugurou a primeira unidade de tratamento de resíduos de saúde no Brasil, localizada em Sapucaia do Sul.

Hoje, a companhia possui licença da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) para tratar até 20 toneladas diárias de resíduos hospitalares nessa planta. No entanto, o consultor de vendas da Aborgama, Carlos Enrique Riani Gomes, revela que no próximo ano o complexo de tratamento será transferido para o município de Triunfo e dobrará a capacidade para 40 toneladas.

De acordo com ele, será o suficiente para atender a toda a demanda do Rio Grande do Sul. Além disso, a empresa finalizará a implantação de um aterro próprio, também em Triunfo. Atualmente, o grupo, depois de tratar os resíduos, terceiriza a disposição final. Gomes informa que, entre os clientes da Aborgama, estão os hospitais do Grupo Hospitalar Conceição, Clínicas, Moinhos de Vento, Ernesto Dornelles, Santa Casa, Gerdau, prefeitura de Porto Alegre, entre outros. A companhia atua em mais de 120 cidades gaúchas.

O consultor explica que o resíduo químico divide-se em sólido e líquido. O químico sólido, como medicamentos vencidos, não tem tratamento. Esses materiais são coletados e destinados a um aterro industrial de classe 1, um local para resíduos perigosos. Gomes lembra que o Rio Grande do Sul não possui um incinerador para queimar esses produtos químicos, como há em estados como São Paulo e Minas Gerais. Essa máquina precisa operar em uma temperatura muito elevada, mais de 1 mil graus Celsius, e mitigar as emissões atmosféricas.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

LOGÍSTICA E ESTATÍSTICA: ANDANDO DE MÃOS DADAS

A importância da estatística, na relação com a logística é de total importância, visto que uma não convive sem a outra. Para que se gerencie com desempenho um centro logístico, é necessário que tudo seja feito estatisticamente. Mercadorias, regiões, habitantes, custos, compensação financeira, compradores, vendedores, e como distribuir funções e mercadorias diversas, sem prejuízo de ninguém.
Em todos os setores de vendas, desde sabonetes, dentifrícios, peças, carros, etc, em todos os níveis há de se fazer presente a matemática exata, para que não haja prejuízos, ou no mínimo, evitá-los, conseguindo assim, desempenhar com êxito: tempo, horários, provendo em tempo hábil a execução de determinados serviços, como exemplo, usar da estatística, a quilometragem, distância a ser percorrida, número de clientes, região etc, para que, se monte uma planilha de custos e benefícios para se obter o lucro final de determinada empresa produtora de qualquer tipo de produção.
Pode-se observar também que com o uso da estatística, é possível observar se compensa montar algum tipo de negócio, como empresas, fábricas, lojas etc, em determinada região. Como exemplo, se resolvem montar uma fábrica de radiadores, é necessário analisar estatisticamente se o negócio é rentável, se o local é favorável, se há clientes para esse tipo de produto, quem são seus concorrentes e quais são as suas distâncias. E além desses fatores, há também todo esquema logístico de entregas, sempre aliado com a estatística.
Enfim, é a estatística que configura um bom gerenciamento logístico, haja visto que ela nos dá as informações necessárias para que tudo ocorra de acordo com o processo combinado.

TURQUIA DÁ EXEMPLO EM LOGÍSTICA

A leitura que a maioria das pessoas faz hoje da Turquia é a de um país que atrai turistas do mundo inteiro por suas belezas naturais, a cultura de um povo milenar, a variedade gastronômica, dança e música e do seu imenso sítio arqueológico. A Turquia tem muito mais a oferecer a quem deseja trabalhar, porque os investidores internacionais estão descobrindo àquele país rodeado de mares - Mediterrâneo, Egeu, Mármara e o Negro. A área da Turquia é de 783.562,38 km² e está dividida em sete regiões geográficas: Mármara, Egeu, Mediterrâneo, Sudeste da Anatólia, Anatólia Oriental, Anatólia Central e o Mar Negro.
A população total da Turquia é de 75 milhões, e mais da metade dessas pessoas tem menos de 29,7 anos de idade.  O país possui uma força de trabalho de mais de 27 milhões de pessoas. A Turquia foi considerada a quarta maior força de trabalho entre os países da Unidade Européia. As obras naquele país pululam em decorrência dos investimentos pesados em infra-estrutura. Em comparação com o Brasil, os turcos saíram na frente na questão da logística. As rodovias e as ferrovias, inclusive utilizando- se de sistemas de túneis marítimos, como ocorre no Estreito do Bósforo.
São empreendimentos de transporte que interligam o país com a Europa e a Ásia e que não ficam apenas nos projetos de engenharia nem em percursos interrompidos como ocorre com a Ferrovia Norte-Sul. Esta é uma obra que começou ainda no governo Sarney e não conclui nunca.
No Brasil, entidade como a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) parece chover no molhado de tanta insistência por uma logística de transportes interligando todo o país. Numa nação onde a saúde pública implora pelo amor de Deus por um melhor atendimento, os estádios monumentais se disseminam por todas as regiões. Obra com orçamento previsto inicialmente para R$200 milhões estão custando R$2 bilhões à sociedade brasileira. Depois da Copa Mundial de 2014, com certeza esses “maracanãs” da vida ficarão ociosos, sem darem o mínimo de retorno.
A Turquia ampliou sua capacidade de fornecimento para geração de eletricidade de 31.846 MW, em 2002, para 52.911 MW, em 2011, tendo seu governo estabelecido metas específicas para aumentar a capacidade de fornecimento elétrico para 125.000 MW, até 2023, ano de comemoração do centenário da República da Turquia. Segundo dados da ICTA (autoridade para Tecnologia da Informação e da Comunicação), haviam naquele país em 2011: 65,3 milhões de assinantes de telefonia móvel; 15,2 milhões de assinantes de telefonia fixa; 50 milhões de usuários da Internet; e 14 milhões de assinantes de banda larga.
Num país de 75 milhões de habitantes (no Brasil, a população chega à casa dos 200 milhões), em 2011 foram transportados 118 milhões de passageiros aéreos. O país dispõe de 47 aeroportos, entre os quais 13 internacionais. As auto-estriadas cobrem 64.319 quilômetros e as ferrovias 12.000 quilômetros. Os portos marítimos oferecem uma capacidade de 363 milhões de toneladas anuais. A capacidade de transporte de carga aéreo é de 1,8 milhões de toneladas ao ano, conforme o Ministério de Transportes e da Comunicação.
A nação turca é fortemente atraída, sem dúvida, pelo seu setor de logística. Este quadro novo decorre pelo desenvolvimento apresentado desde que os turcos firmaram acordo de união aduaneira com a Unidade Européia. Sua infra-estrutura geográfica, física e corporativa é uma das principais atrações para potenciais investidores. Causas importantes: proximidade dos mercados europeus, do Oriente Médio e o norte da África. Neste entorno, são 1,5 bilhões de consumidores.
Àquele país tem papel-chave na conexão dos corredores de transportes pan-europeus à Ásia Central, além da bacia do Mediterrâneo. As conexões leste – oeste e norte –sul abriram maior importância como conduto natural. As redes nacionais de estradas e ferrovias estão completamente integradas à infra-estrutura eurasiana. O projeto ferroviário da rota da seda constituirá uma alternativa uniforme entre a Europa, o Oriente Médio, as repúblicas turcas e o Extremo Oriente por meio da Turquia. O transporte regular por caminhões e as rotas de ferry continuam a aumentar a capacidade dos serviços logísticos.
A Turquia atende aos requisitos para o transporte barato e eficaz de mercadorias com a infra-estrutura de alto desempenho, serviços de transporte confiáveis e localização estratégica da região. Entendo que o governo brasileiro tem muito o que aprender com aquele país.

Crescimento do comércio através do Estreito de Taiwan precisa de atualização logística

Especialistas pediram a melhoria dos serviços logísticos para lidar com o crescente comércio entre a parte continental e Taiwan durante um fórum de dois dias sobre o setor de logística através do Estreito que encerrou nesta segunda-feira.
"O crescente comércio e o forte apoio de políticas nos dois lados do Estreito de Taiwan têm fornecido novas oportunidades para o aumento dos serviços logísticos", disse Eric Chiang, secretário-geral da Associação de Desenvolvimento de Comércio e Negócio Kaohsiung, no fórum realizado na cidade portuária de Xiamen, na Província de Fujian, sudeste da China, em 16 e 17 de junho.
A logística tornou-se um grande desafio para a expansão comercial, disseram os especialistas que participaram do fórum.
O desenvolvimento coordenado dos serviços logísticos nos dois lados do Estreito facilitará o fluxo de mercadorias e estimulará ainda mais o comércio bilateral, disseram eles.
O comércio entre a parte continental da China e Taiwan aumentou 46,5% no primeiro trimestre para US$ 51,44 bilhões, de acordo com a Administração Geral das Alfândegas.
A Província de Fujian, leste da China, localizada através do Estreito de Taiwan, é o principal destino das mercadorias importadas da ilha que são distribuídas para toda a parte continental.
Os intercâmbios de negócios entre Fujian e Taiwan cresceram graças a uma série de acordos relacionados ao comércio, incluindo o Acordo-Quadro de Cooperação Econômica 2010 (ECFA, na sigla em inglês), assinado em 2010.
Os especialistas pediram a melhoria dos canais utilizados para transportar as mercadorias entre Fujian e a ilha taiwanesa.
"Há muitas áreas para a cooperação na logística", disse Guo Zhenjia, vice-diretor do Comitê Provincial da Conferência Consultiva Política do Povo Chinês de Fujian.
"Apesar da logística de Fujian estar atrás da de Taiwan, o mercado da parte continental tem sido muito atrativo para a ilha e existe uma demanda grande e sustentável", disse Guo.
Especialistas que participaram do fórum disseram que a cooperação no setor logístico beneficiará os dois lados, pois os fornecedores dos serviços na parte continental podem aprender sobre administração avançada com seus colegas taiwaneses, e as empresas de Taiwan podem expandir seu mercado à parte continental.
Por Xinhua



quinta-feira, 6 de junho de 2013

Ferrovias viabilizam a logística de polos


Duas novas ferrovias poderão passar por Pernambuco e colocar em alta as possibilidades logísticas de dois grandes polos de desenvolvimento do estado, Suape e Goiana. A primeira, em estudos mais avançados, contempla 893 quilômetros e ligará Ipojuca até Feira de Santana, na Bahia. Já a segunda malha ferroviária, ainda em estágio embrionário e sem projeto pré-definido, partiria de Goiana até Aratu, também na Bahia e teria aproximadamente 800 quilômetros.


“Já existia a possibilidade dessa ferrovia partindo do entorno de Complexo de Suape até a Bahia, quando foi criado PLI (o Programa de Investimentos em Logística), e como a ideia é otimizar a infraestrutura logística, apresentamos os avanços que chegavam na região de Goiana e a possibilidade de um novo modal ferroviário a ser incluído no programa”, apontou o secretário de Desenvolvimento Econômico do estado, Márcio Stefanni Monteiro. 

Segundo ele, o próprio presidente da Fiat, Cledorvino Belini, conversou com gestores federais e com o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, para que essa nova ferrovia fosse integrada ao processo de otimização da logística nacional.

“Fazendo analogias, a importância das estruturas ferroviárias serão equivalentes à rodovia BR-101. A BR-232, mais importante rodovia do estado, seria a ferrovia Transnordestina, projeto bilionário que corta todo o estado e terá grande relevância para o desenvolvimento produtivo pernambucano e nordestino”, comparou.

A ferrovia Transnordestina, porém, está emperrada e não deve chegar tão rápido a Suape, extremo do projeto em Pernambuco. As mudanças de traçado fizeram os cálculos das desapropriações travarem e as indenizações serem suspensas. O cálculo do custo total da obra também tem causado atrasos nas remobilizações dos canteiros. Apesar de o balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) divulgar R$ 7,5 bilhões, a empresa responsável pela obra afirma que o orçamento ainda está em negociação e, por isso, não comenta mudanças da construção.

Os dois novos projetos entrarão na lista de modais a serem viabilizados pelo Ministério dos Transportes, via Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

A ligação ferroviária com estudos mais avançados possui 893 quilômetros de extensão e atravessa 33 municípios, sendo 17 na Bahia, cinco em Sergipe, seis em Alagoas e cinco em Pernambuco (Rio Formoso, Gameleira, Ribeirão, Sirinhaém e Ipojuca), onde faz conexão com a Transnordestina. 

A própria ANTT está recebendo até 3 de julho sugestões aos estudos preliminares que irão reger o processo de concessão à iniciativa privada do trecho ferroviário entre Feira de Santana (BA) e Ipojuca (PE). As sugestões são abertas a qualquer pessoa ou instituição da sociedade por meio do site www.antt.gov.br. Ainda não há prazos para publicações de editais para a concessão dos projetos.